segunda-feira, novembro 29, 2010

Quando os Deuses Eram Astronautas

o Catedrais dá sinais (ambíguos) de querer voltar a postar com alguma regularidade mas agora (que voltou...) mais parece um daqueles "documentários" do NG (o canal) sobre "os Deuses astronautas do antigo Egipto" (vindos de outros planetas - buuu... - de outras galáxias...) conforme (o pior) argumento (adaptado) de uma daquelas "ficções" que se vendem sobre a forma de livro às bocas das "bocas" do metro...
de outra maneira, que não essa, se poderá tentar "compreender", a delirante parelha da obra-prima do mestre com a prima do mestre de obras, provocada (ao encontro imediato? ) com o alienígena esqueleto de um ser (de outro arquipélago...) ainda em porvir...
não fora melhor - agora que o tempo e outros factores o permitem... - dedicar-se à (prometida) fala sobre as casas da nossa Terra!?...
a língua, pelo menos, sempre é a mesma...

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passe longo

o João é que podia escrever qualquer coisa sobre a cidade informal e sobre o espaço liberal da favela enquanto fantasia e sonho molhado das novas pilastras da velha direita (tuga) com saudades da madame Margaret-a (na guilhotina...)

present friend

nonsense...
Neil Hannon é um dos maiores escritores de canções dos nossos (plurais) tempos
um escritor que sobrepõe a um merecido lugar (de destaque) entre os melhores letristas de todos os tempo um (invulgar) talento musical (para a melodia e tal que não passo de um amador...) de fazer inveja a Macca... (himself...)
no âmbito das "tendências" e dos "movimentos" da música das ilhas britânicas durante a década de 90 poderá ser comparado a (outros excepcionais) projectos como os Pulp ou os Blur (não por acaso duas bandas com nomes de quatro letras) que investiram por territórios (musicais) próximos de diversas tradições locais (...) naquilo que passou (e bem) à história como britpop...
a música, mais que a música, a arte - a peculiar arte de Neill Hannon, não pode ser entendida sem o entendimento (...) do "conceito" da "Englishness of English Art" (título de um livro de Nikolaus Pevsner)
gostar de Neill Hannon e da música dos seus The Divine Comedy é menos a cumplicidade com um projecto estético que o prazer de conviver com um amigo (a mais velha aliança...) sempre presente...
que mais podemos esperar (desejar) de um disco que a certeza de um feliz re-encontro!?...

fogos sociais

esta notícia sobre o número de fogos de habitação social em Portugal "despertou" o habitual cortejo de comentários racistas...
não sei se 116 386 fogos é muito (ou pouco) fogo, se as casas estão em boas ou más condições de habitabilidade, se são habitadas por quem mais delas precisa (ou não), se são cuidadas e estimadas como é devido à coisa pública, se contribuem para a correcção das "injustiças do mercado" e para a correcção das assimetrias "espaciais" ou se contribuem para fazer cidade...
não sei, mas gostaria de saber...
assim sendo, pergunto-me (ainda) com alguma inocência, a quem "servem" (interessam) estas "notícias" que nada adiantam sobre o assunto (que "informam") mais que números (pretensamente) "chocantes"!?...

e sobre isto o que terá a dizer a TAL da "falemos de casas"...

tráfico

domingo, novembro 28, 2010

pior a emenda que o soneto

sábado, novembro 27, 2010

breve história da humanidade

almost blue

na constelação rock dos anos 90 o I Can Hear The Heart Beating As One dos Yo La Tengo situa-se (algures) entre (Caranguejo) a construção do rope-a-dope dos Antietam e a desconstrução da discografia dos Pavement...
ao contrário do rope-a-dope o ICHTHBAO reserva o épico avassalador para a penúltima (e ante-penúltima...) faixa e termina em contra-ciclo, em "baixa", a embalar (quase como um Tender Is The Night do Born Sandy Devotional dos The Triffids...) corações...
seria agora extremamente aborrecido maçá-los com demais considerações sobre o tema e sobre as diz-semelhança entre aquele tema e aquela faixa ou entre aquela e aquela banda e como para além disso podem sempre ler as (boas) críticas no All Music o melhor é deixá-los entregues aos vossos outros passatempos...
agora tenho que ir reconstituir a minha private promenade pela casa de Delaware de 78
estaciono, saio do carro: é casa é celeiro / entro a sul entre a coz. e as utilidades... caminho pelo mosaico azul escuro, absorvo a luz picada, reflectida, acomodada, adoçada, da clarabóia (que deliciosa cowboiada...) nas paredes quase azuis da sala de jantar / a música desce pelas escadas, nua, enquanto eu me aproximo das vidraças da quase marquise da sala de música e respiro o contra-verso das colunas bidimensionais entre-lançadas no rendilhado (já) de outro tema qualquer... pela porta entre-aberta do master bedroom espreito esperto a esperta janela rente aos pés... contorno a cama, atravesso o (open) closet, afogo-me de luz na IS... apetece morrer como Marat (só que de felicidade...) na banheira / vejo, finalmente a janela triangular que acompanha o telhado... vou pensar aqui um bocadinho, sentado na tampa da sanita, penso...

sexta-feira, novembro 26, 2010

agente da nata

és cómico comócaralho, ó marafona
radical de esquerda, o 5 dias!?
o vidal é um ("crítico") oficial da "arte oficial" (tipo do "contra", tás a ver...), que escreve, que "pensa", sobre "artistas (tipo) bienal" comó (on-off) o Onofre (que até aparece na mais que oficial "actual" do "expesso" e tudo...)
e aqueles links prá bundinhas burguesas do "mal de viver" tipo Deerhunter...
pela ref.ª aos Arcade Fire (ou) vi logo que era mais um (menos um) "single" (ele há lá coisa pior que um disco recheadinho de "singles"...) completamente... des-interessante...
com uma boa purga não digo que não (dois ou três são afinal muito bons...)
para "esquerda" o Xatoo ou o Kaos (que são blogues para ter ainda menos "amigos"...)
contar "cabeças", no site-de-meter - "matronas romanas desposam Cristo" - também não interessa nada...
importante (agora) é o improvável (mas brilhante!) link entre o ecletismo pituresco e o classicismo ("not cool") "naif" ("inculto" mesmo) da casa Wilhelm Schuffenhauer em Zehlendorf (graça a Deus pelo Google livros...) e as multi e mui cultas fachadas "pop-georgianas" de uma casa de 1977 em Absecon, New Jersey de Robert Venturi e John Rauch...
bem capaz disso era ele...

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After Robots












BLK JKS (à consideração da organização do FMM...)

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moç ão

depois de nova gloriosa e expressiva participação (de 13 - que azar - %...) penso ter chegado a hora de organizar um movimento (popular, de base) a exigir o fim da obrigatoriedade da inscrição na OA bem como o fim do pagamento (igualmente obrigatório) das respectivas quotas (a extinção definitiva da OA pode ficar para depois - por enquanto podem continuar a brincar com as respectivas pil*****)
no imediato, já a partir de janeiro de 2011, o movimento deverá exigir a redução do valor da quota em 5 %

***** astras

espera lá (adenda I...)
1070+492+114+24=2178!?...
é que se os parciais estão correctos (uns "redondos" 1700 votos...) a percentagem (a 18 000 "apenas" que fossem...) seria de 9,4... %
é procurar comprador prós banhos (todos), pagar as dívidas (que ao que parece não são nada poucas...) e deixarem-se de figuras...
tristes

espera... LOL (adenda II...) :)))
ainda que aos 1700 tivessem somado os 378 (reparei na terminação...) da votação da lista B na secção eleitoral da sede nacional continuam a "faltar" 100 votos...
está cada vez melhor...

espera :) (adenda III...)
as contas foram feitas a 16 664 inscritos...
654+127=800!!!???... 1683+485=2178!!!???...
volta G...

Cohen (outra)

des peg a

ODP: um blogue pré-bolonha sem a-mestrado integrado

quinta-feira, novembro 25, 2010

as enjeitadas

a meio, mais coisa menos coisa, da "entrevista", os manos fazem um truque muito giro...
afirmam que até à casinha anti-regulamentar (esta é só prá ti...) de Alenquer andaram só a ganhar tarimba (e marimba... e o resto...) e que não fizeram, "basicamente", nada de jeito...
e digo que é um truque muito giro porque, com uma única cajadada, não apenas pretendem "isentar" a ("rejeitada"!?) obra passada da possibilidade de uma "aferição" crítica, como, pelo outro lado, ainda "projectam" a obra mais recente para um "patamar" mai raro de uma "artisticidade" (os "cheios e os vazios", blá blá blá...) que não é (subentende-se, da sua, deles, opinião) para todos e que assim ainda melhor contextualiza e justifica o próprio (bom) "tom" da dita entrevista...
pode não ser intelectualmente muito honesto (quer dizer que todas aquelas "primeiras" obras são uma porcaria!?...) ou particularmente estimulante, mas lá que é de ex-pertos não se lhes pode negar...

no outro dia estive a rever os "esquiços" que o Pollock filmou do Gehry e não é que o homem puxa do mesmo truque...
que estava a acabar não sei quantos trabalhos no valor (os anglo-saxónicos são assim...) de não sei quantos (muitos) milhares (milhares, milhares) de dólares e que deixou tudo, abandonou tudo, depois de uma conversa (os anglo-saxónicos são assim...) com o Mayor...
parece que o salto epistemológico (pró "abismo") deu-se a (des) propósito do "abismo" entre a obra de um certo shopping em LA e a contemporânea experiência do projecto para a sua (dele) casa...
if you like that you can't like this (ou coisa - o inglês té-nico é muito traiçoeiro... - que o valha) afirma-se a fotogramas tantos...

mais que eu vou em fados...

instrumentos de sensata











A tecnologia empregada pela engenharia brasileira na construção de Ponte Rio-Niterói inspirou-se numa tradução intersemiótica, para o ferro e o concreto, daquilo que a Bossa Nova, abusiva e graciosamente, praticou antes, com notas musicais deslocadas para o tempo fraco do compasso.

Tom Zé, Estudando a Bossa

na contra-capa, diferentemente do "corpo-cidade" da capa do Carioca Buarque, a "cidade-sangue" do nordestino Tom Zé (e onde é que isto com isso da "cidade-água" do quase veneziano Kahn já vai...)

ODP anda quase sempre atrasado (atrasado!) com o seu Tom Zé...
mas isso não interessa... as obras de arte não têm dias...
(têm séculos...)

quarta-feira, novembro 24, 2010

"votar" arquitectura

eu quando me pedem para "votar" (aquela coisa de enfiar papeis nojentos nas ranhuras mais ou menos de quatro em quatro anos...) gosto de poder escolher entre diversos e diferentes "quadradinhos"...
"votar" em quadradinhos de fachadas (aos quadradinhos), todas mais ou menos iguais, não estou a ver o interesse...
como exemplo de "processo participativo" em arquitectura acho uma miséria (como se o direito à participação em arquitectura não fosse cousa diferente que escolher "fachadas" e como se as "fachadas" fossem coisa "autónoma" - ah, mas para isso então o Venturi... - que como "máscaras" se pudessem "trocar" sem com isso afectar a totalidade do projecto arquitectónico...)
como oportunidade para carpir a "defesa (coitadinha...) da arquitectura" e - ainda pior... - a defesa da "inovação" da "arquitectura contemporânea" - acho... olha, acho outra miséria...
mas se como assim é pró que vamos...

relação in-tensa (e "impactante" *)

re-veja (se) a anterior "actual" (só na ainda minha biblio lilás...) do "expesso" do anterior sábado 13
pág. (também) 13: José Manuel Fernandes, no seu habitual estilo de nada dizer e com nada se comprometer ("forma fresca", "eficaz sinergia", etc.), termina uma, uma (uma o quê!?), uma "recensão" à exp. Novas Tendências da Arquitectura (naquela maravilha do Museu do Oriente...) a elogiar o famosíssimo (render do) "Hotel Orquídea" do irmão Bernardo com o selo ("crítico"...) de um singelo (ai como é feliz e abençoada a crítica auto-encartada...) com o selo "crítico" de um singelo... "intenso"...
a exp., itinerante, parece que anda por aí (como será próprio das exp. itinerantes...) a itinerar (ou a iti-narrar) desde o ano (da graça da presidência portuguesa da europa - ai como as coisas mudam em dez anos) desde o ano de 2000...
as "tendências", essas, continuam tenden-ciosas
quero dizer... "frescas"...

na pág. anterior, a 12, Celso Martins, perora em "texto" ("crítico"...) próprio, sobre a excelência (4 estrelhas...) de "Quando a Arte fala Arquitectura" (reparem os menos dotados como os inteligentes curai-thores - não fora alguém não a-perceber a coisa... - souberam inteligentemente articular o arti-cu-lado - e cumprido... - nome da exp. do Museu do Chiado com o "tema", mais vasto e mais geral, da TAL...)
o autor do texto começa por enquadrar historicamente a "forte relação entre artes plásticas e arquitectura" nos "projectos estéticos" ("Arts & Crafts, a Werkbund alemã, a Bauhuas ou o construtivismo russo" - assim, tudo de uma só vez e de rajada...) de "encarnação moderna"... nota 1: isto, pelos vistos, os "projectos estéticos" gostam muito de ir encarnando (uns nos outros!?...), e quem sou eu (literalmente...) para dizer aos "projectos estéticos que eles (os "projectos estéticos") não podem andar por aí, livremente, a encarnar e a encarnar e a encarnar (até ao "nirvana estético"...) à sua vontade...
nota 2: que todos os "projectos estéticos" citados possam ser outra coisa que não apenas "projectos estéticos" (só a Bauhaus gerou bem mais que um "projecto estético"...) não é sequer aflorado - que isso agora, e como dizia a outra senhora, não interessa nada...
o "pensamento" do texto revela de uma certa contradição porque tanto identifica e caracteriza a (experiência da) arquitectura com o "habitar" e a arte ("plástica") com o "fruir" (identificando a "noção" de design como o "encontro entre estética e funcionalidade") como experiências artísticas com "falas" próprias, bem definidas e bem "delimitadas", como, pelo outro lado, "lê", no conjunto das obras expostas, a possibilidade das obras (de arte) "falarem" a "linguagem da arquitectura sem nunca deixarem de ser obras de arte."
mas se às obras de arte "plásticas" é permitido, possível (até), "falar" a "linguagem da arquitectura" sem perderem a sua característica "autonomia", não será o inverso, também verdade!?
e nesse caso (sou só eu a perguntar de mim cá para mim, não precisam de comentar...) fará (ainda, alguma vez...) sentido a anterior identificação da arquitectura com a habitabilidade e com uma funcionalidade "sans" (ai que este ainda acaba na academia...) estética!?...
as obras em si mesmas (Duchamp prá esquerda, Corbu a 90º) não me interessam...
para equívocos já cá temos a obra de arte da casa dos segredos...
ai (lá estou eu a dar ideias...) que isso ainda acaba num Museu...

* no outro dia, já não sei donde **, ouvi (ou li) esta palavra e achei que era uma palavra que vinha mesmo a calhar...
** já sei, foi ao "mister" do FCP na última vitória por 5-0...

ó Tio (ó Tio) - LOL


















publireportagem (via)

queixam-se depois (os da "academia"...) que ninguém lê jornais...

Ler

maradona e André Levy
a mesma luta...
há ah-ah (aió!)
as vitórias...

Um Dia









What a Diference a Day Makes
(quando a diferença és tu...)

domingo, novembro 21, 2010

com casas destas

sexta-feira, novembro 19, 2010

eu já vi

arquitectura para todos...

ricas propinas... (Like a square peg in a round hole... - logo agora que isto mastava tudo a correr tão bem...)

quinta-feira, novembro 18, 2010

cata-nadas & canivetes














MoMA

Arquitecto (radical chic) vestido de preto confundido com manifestante anti Nato foi esta tarde impedido de entrar em Portugal. O controlo alfandegário de Vilar Formoso (Schengen forever!) comunicou esta tarde ter impedido o trabant que transportava o famoso arquitecto Rem Koolhaas, o formoso autor da não menos segura Casa da Música, de entrar no país. Rem Koolhaas deslocava-se a Portugal com o confesso objectivo de participar na marcha de protesto da TAL anteriormente promovida pela secção regional da competente Ordem. Na mala do carro, em vez de catanas e canivetes (recolhidos, ao longo de uma vida, entre Lagos e Beijing...), Koolhaas - acompanhado por uma arquitecta não identificada e por cinco arquitectos estagiários portugueses - transportava a obra (gráfica) completa produzida pelo(s) seu(s) gabinete(s) nos últimos 30 (e TAL) anos. O sub-comissário Alfredo das forças especiais de segurança do sub-comando territorial (do Norte) relatou aos "órgãos" (gross!) de "comunicação social" que começou por desconfiar do veículo conduzido por um homem vestido de preto (a carros com cinco arquitectos estagiários a cruzar a fronteira - afirmou depois - já estamos habituados...). Na rusga à viatura, as forças de segurança apreenderam e desmantelaram um volume suspeito: um tijolo literário para todos os tamanhos (S,M,L,XL) editado em co-autoria com outro (dos) Mau(s), um tijolo que ameaça a estabilidade das fundações do edifício do grande consenso... No auto de detenção (a que resistiu) lê-se que Koolhaas, depois de ofender a mãe do Sr.º sub-comissário Alfredo ("regionalista crítica é a tua mãe!"), ainda ameaçou o Presidente dos EUA com o conhecido grito de guerra dos subversivos analfabéticos: S,M,L,XL - até a barraca abana!
Rem Koolhaas ficou sujeito a termo de identidade e residência (Morada? "Genérica: as moradas são todas iguais"...)
De bater com os costados em Guantánamo não está safo...
Koolhaas - terrorista até ao fim... - ameaça já com um novo livro:
Direito à cidade (ou seria à prisão!?...) de seu título...

terça-feira, novembro 16, 2010

Solitude Standing

The building itself stands alone, in complete solitude – no more polemics, no more problems. It has acquired its definitive condition and will remain alone forever, master of itself. I like seeing how the building assumes its proper condition, living its own life. Therefore, I do not believe that architecture is just the superstructure we introduce when we talk about buildings. I prefer to think that architecture is the air we breathe when buildings are already in their radical solitude.

The Solitude of Buildings, Kenzo Tange Lecture, Rafael Moneo

segunda-feira, novembro 15, 2010

It's O.K. to like Nick Lowe

So It Goes (urgente como em 78...)

domingo, novembro 14, 2010

mãos à massa...

1 - Conservatório de Música de Coimbra de José Paulo dos Santos (o único projecto e arquitecto português entre os quatro...)

Pombalino por dentro, Narsízico por fora
eu teria um certo, digamos, pudor, em copiar o Siza (...) daquela maneira (despudorada) mas calculo que quem copia copião merece os seus 100 anos de perdão...
as paredes a-cústicas, tortas, do interior, são ainda mais tímidas (e depois o tímido sou eu...) que as minhas paredes em zig-zag...
isto, por aqui, anda mesmo meio desinteressante...

2 - casa hemerosc-opium (isto quando mete gregos e drogas chinesas...)

é um daqueles exercícios que pede, que anseia, para que o meu gosto (pessoal) fique à porta (mas então se ele teima em entrar...)
paródia de Paulo Mendes da Rocha (com uma pontinha, Ponty, do inevitável kualhas...) ou fetiche auto-mobilizado para Crash de Cromo-n-berg!?
a transparência dos vãos (...) e do "topo" da "piscina" não enganam (como o algodão)

3 - casa (s) em Vilariño de Alfonso Penela Fernández

gala (que galo) anti-contextualista (ai aquele zinco todo no meio dos telhados de barro...), espaços intersticiais por explorar...
o interior (entradas de luz, etc.) "redime" muito pouco... a sério (incapacidade crítica...) que não percebo o buzz...

4 - Receitas Urbanas (três projectos)

só o nome - "receitas urbanas"... - já me deixa em pulgas...
pior, muito pior, ainda pior, (mais pior), só uma certa escrítica descritiva dos projectos que tomou conta (geração BIG...) dos "jovens"....
estética ("filosofia"!?) pós ou neo (um revival muito em voga...) Archigram, "atitude" (atitude...) "rebelde" (geração CC - morangos com açúcar...) que não disfarça as ambiguidades do "programa" ("político"...) a que se propõe (!?)
o projecto "acoplado" ao museu é tão "turístico" e "icónico" (não se "escapa" à "lógica capitalista" com essa facilidade...) quanto outro objecto qualquer, a "trincheira" na cobertura (homeless chic) é tão "académica" e aceitável pelo "estabelecimento" quanto uma penthouse em NY...
alguém está a precisar de (re) ler o Centraal Beheer do Colquhoun...
(e esse alguém não sou eu...)

a blogo e a Crítica

mumps (give me the)












Half part Sparks, half part New York Dolls. 60’s spirit (60’s harmonies) by late 70’s.
100%, massive, fun!
History being rewritten, history being repaired…
DVD essential as well.
Just make sure you listen to them...

rope-a-dope












I know not of any other Antietam record nor am I a particular fan or connoisseur of mid 90’s classic rock (not to be confused with poor Pearl Jam sort of thing…) but this one is such a great “classic” album I’m surprise nobody review it… yet.
If you are reading this wondering if you should buy it (or not), please do (buy it).
If you like the more “electrified” Neil Young (with Crazy Horse circa Zuma, just to get you going with the right idea…), The (syncopated) Fall (Hands Down), The Dream Syndicate or any other classic stuff like that, you will (most probably) enjoy it very much (as I did).
Silver Solace, the last track, it’s the kind of growing epic (with sublime acoustic final…) any good rock band would kill for.
They are so dam good that you can’t even find them on you tube (you will listen to them as your own little secret… a secret that you will want to share with all your friends and relatives…)
No decent record collection - I’m telling you… - will be complete without it…

CAB










(... quarenta anos antes da Malagueira, quando havia agri-cultura, em Portugal...)

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Mocada (só à)

este país é um pagode... (perdão, este país é um estádio... às moscas...)
é raro o fim-de-semana em que não anda tudo à mocada nos estádios de futebol e/ou à pedrada por essas auto-estradas (espinha dorsal do torrão cavaquista...) a fora, e agora andam uns patuscos (só na TV já ou-vi eu duas "notícias" do tipo "repostagem"...) muito a-preocupados com a "segurança" das importantes personalidades convidadas ao banquete da OTAN e com os "desordeiros" (substituir por palavra proibida...) dos costumes...
os "veículos de segurança" parece que sempre não chegam a tempo (do "ensaio geral"...)
em vez dos 300 (!!!) "bairros problemáticos" (Lapas, Quintas de marinheiros de água doce, etc.), que tal o Minho dos pardais...
estacionados ao lado dos Ferraris do Vale do Ave era uma fotografia que eu pagava...

duas obras












T BAILEY Offices











ESCLICE

duas obras "verdes" que não vão aparecer no JA nem no MVDR award até porque lhes falta (algo...) um certo não sei quê de "edgy" e "trendy"...

(os da Esclice fizeram com a sua fatia de "casa-da-mãe" o que eu um dia ainda faço com a minha - do ODP... - "Casa da Crise"...)

e-waste

Air Tree Commons













air tree commons: a única coisa boa a ter saído - a ter sobrevivido... - da Expo de Shangai...

The Smartest City...

vão...

os famosos importantes e o cepo, reis do "drama" (inerte), é que deviam ter que passar todos os dias pela sua (deles) obra, para experimentarem a degradante humilhação do Homem (do Humano), no velho (quase todos os dias, até um dia...) exposto à contra-luz do ("artístico"...) "vão", como uma mercadoria a apodrecer na montra (coitado... aposto que só quer espreitar um pouco da vida que passa lá fora...)

sábado, novembro 13, 2010

o QI de uma marmota

... não fora ter este blogue (r), o QI de uma marmota, e ainda me poderia abalançar a ambicionar entender o conceito (quando modernidade é sinónimo de "crise"...) o conceito de "crise da modernidade"...

Nenhum (res) - Notícias de

1. Qual deve ser, na crítica, o lugar do gosto (pessoal)? Nenhum. O "gosto" é uma forma de dominação com origem na nossa resistência biográfica.

O Segredo de Visconti, Manuel Graça Dias, JA 239

Quatro linhas bastam, para discordar do (Sr.) JA.
O "gosto", o nosso gosto "biográfico", é imprescindível à "crítica".
Aprendi (com a notável Prof. Maria João Madeira Rodrigues) e assim mesmo procuro "praticar", que a "intuição sensível" é o "primeiro passo" (a "intuição intelectual" é o "segundo") de qualquer possibilidade fenomenológica de "arrumação (leia-se "categorização") crítica" da "obra" (de arquitectura ou outra).
É o "gosto", o nosso gosto "pessoal" (o que é o gosto "colectivo"!?...) que nos permite aproximar, ou distanciar, em primeiro "plano", de uma obra como a hip-nótica "incubadora" de Vila Verde...
"Linkando" MGD (uma frase que me é particularmente querida...) sobre a ("sobrevivência" - da arquitectura... - à) "máquina de tabaco" (Venturi no C&C) poderá também valer a pena relembrar uma outra (não menos querida...) frase em que o mesmo (anti) herói afirma (qualquer coisa como) podermos aprender (muito!) com tudo aquilo que primeiro nos "agrada"...
Sobra apenas uma perplexidade... será este "científico" MGD do editorial do JA o mesmo MGD, comissário da TAL, que "insistiu" na escolha (nada biográfica...) do edifício Tonelli (onde MGD viveu...) de Pancho Guedes, em detrimento de outra qualquer obra do mesmo autor que de outro e melhor modo se relacionasse com a obra do casal Smithson!?...

sexta-feira, novembro 12, 2010

Peg a Geométrica (La Dolce Vita)














um losango é um quadrado excêntrico
um quadrado é um losango careta

quarta-feira, novembro 10, 2010

regionalismo crítico

- entre Braga e Nova Iorque
- entre a Trans-Silvana e Tóquio

perfeito (como nos filmes)

sinto, sente-se, que existe dentro de J. Figueira, um bloguer pronto a saltar cá para fora
adivinha-se em J. Figueira (a "ascese" de "esquerda", o mesmo desprezo pelo sorriso e pela gargalhada...) um Owen da arquitectuga
se o problema é com o "nome", com o baptismo, o ODP (sempre prestável...) ajuda:
O Umbigo de Uma Marmota

ODP ou a marmota neo-marxista














é oficial (vem no JA...) e ninguém me avisou...
ser crítico, pela blogo, é mais, menos, que um traço (torto) de (falta de) carácter, uma patologia, do "ser"
eu sei que um neo ou um pós, ou outra merda qualquer de um pensamento por tarifário pré-fixo da moda fica sempre bem, mas se tiver mesmo que "ser", então que seja um trans (que sempre é mais tchan!)
filho da ferrugem, estudante no comboio operário das 7h30 para os "maluquinhos" da Arroio...
a (doença) crítica apanha-se nos bafos dos transportes públicos
protejam as vossas filhas

terça-feira, novembro 09, 2010

peephole

eu agora até fico (quase...) constrangido em a-postar sobre o JA não vão as costureirinhas invejosas dos costumes ficar a pensar que o ODP quer é "montra" mas não seria de esperar (não, claro que não) que em vez de okuparem (quase...) duas páginas (e tudo à borliú...) com as minhas me-me-me... postas, aproveitassem o tema da "capa" para serem, da (nossa) blogosfera (de arquitectura e tudo à volta...) menos "citadores" que (ser-es) críticos!?...
se não o quiserem fazer no vosso JA, podem sempre es-pirrar aqui prás caixas de comentários... onde o peer perview - tudo graças às novas tecnologias... - é (quase...) em directo...

agora, evidentemente, vou "espreitar" (aja - sem h - quem...) o JA...

posta anti TAL (e quem a apoiar)

a exp. de José Forjaz na Casa da Cerca é o oposto da TAL
onde a primeira divulga um "nome" essencial da arquitectura Portuguesa (!?) dos últimos (mais de) 40 (e tal) anos a segunda embrulha (mais de) uma dúzia de "nomes" (e curadores e o cepo...) de quem ninguém quererá saber daqui a pouco mais de 40 anos...
onde a primeira ocupa um espaço digno dignamente recuperado e mantido, a fabulosa Casa da Cerca, em Almada, a segunda ocupa o elefante branco cavaquista do centro cultural berardo e o (magnífico mas) sub e mal-aproveitado Museu da Electricidade
onde a primeira conta com a "prata-da-casa" para produzir "mais valia" cultural, a segunda arma-se ao pingarelho "international" do "estrangeiro" e "mais valia"... ficar quieta
onde a primeira deixa para o futuro, um catálogo que deverá ser a melhor publicação disponível sobre a obra de Arquitectura de José Forjaz, a segunda deixa a insustentabilidade do "não futuro" da política da terra queimada que em nome da "sociedade civil" (Fundação EDP, pois...) açambarca (Beneza, etc.) já mais do que devia...
onde a primeira não merece um especial do "Câmara Clara" o segundo ofereceu uma noitada (oh, prá eles tão cultos...) pela cidade capital ao som de (puff...) "jazz"
onde a primeira divulga uma obra, dessa graça, mais que merecedora, a segunda abusa e explora (com a cumplicidade da "resma" de doutores da "academia") a inconsciente mão-de-obra barata (gratuita, mesmo) dos aprendizes de arquitectura (assim mais uma vez jogados às feras do sistema da starquitectura que premeia, dos "renderes", o mais... "giro"...)
onde a primeira serve, na obra de José Forjaz, a obra (a deusa...) da Arquitectura, a segunda idolatra falsos deuses...
etc. etc. etc.

enquanto a TAL não for mais do que uma triste nota de rodapé na "história" recente da nossa arquitectuga, enquanto José Forjaz e outros como (por exemplo) Manuel Vicente, não ocuparem, com o devido apoio institucional (do Estado, pois claro - será diferente "lá fora"!?...), não ocuparem o CCB, enquanto o lixo do "comendador" (Joanas - pensar que estivemos tão perto - Vanconcelos, Cabritas Reis, Juliões - comem tudo - Sarmentos e Jovens on/off - o tabaco mata mas então... - Onofres...) não for corrido para debaixo do tapete, nada irá mudar...
noutra cousa (na "não mudança") não acredito eu...

which side are you on (boys)!?...

(ponham, metam, lá esta. no JA!)

sábado, novembro 06, 2010

Chinoi-serie (small pagoda)


















quem sabe se não é o princípio (o regresso...) de uma bela trend!?...

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a mor(t)al do tal

os concursos são bons
para os outros

quem quiser que os ature

Carta Corográfica (uma posta infraestrutural sobre a arquitectura à escala 1:100 000 - manifestantes)













os novos viadutos metálicos da A2 são muito belos
ao poente, para quem "desce", são (da cor do sol) da cor do fogo
(qualquer coisa a meio caminho entre as "tonalidades" da cor do barro cozido e do aço corten)
(só) antes do nó de Palmela são três em linha
recortados contra a linha do horizonte, verde (preta) e violeta
(melhor que isto só se o ODP fosse - mas não seria a mesma coisa... - um pintor impressionista...)

não sei se as obras são para passar do nó de Setúbal (para baixo) mas espero que os mais velhinhos (mas não menos belos) viadutos com colunas de betão possam sobreviver

o "entre-laçado" desenho da auto-estrada com a(s) linha(s) de alta tensão da REN, isto para quem passa as vinhas da Periquita, é mais belo que o (um) coreo-gráfico movimento de um pas-de-deux futurista

para além disto tenho a dizer que gastei o dinheiro dos calções de banho - ODP guide to shopping... - no catálogo do JF, não tanto para ver os desenhos as fotografias ou os renders, mas para poder ler os textos (RHF, etc.) com c-alma...

sim: a Juventude ODP marchou sobre Almada (mas acabou moralmente derrotada com o engarrafamento às portas da cerca do "Forum" comercial...)

imagem: Portugal no de(spro)pósito dos trabalhos geodésicos do reino

quinta-feira, novembro 04, 2010

Looshaus

5 minutos e qualquer coisa de perfeição pop

quarta-feira, novembro 03, 2010

correspondência

cara alma

antes do Chuck (before Chuck) li a intro ao seu Before Bauhaus
vai de encontro à minha "suspeita", à minha "intuição", sobre aquilo do pré-Weimar e não sei quê...
quem não fica muito (nada) bem no retrato é o seu Gropius
a esconder o passado...
muito a-aparecido, afinal, com o Dick, aka Don, do Mad Men
o dia começou rotineiro com o carioca ao balcão da Dona O. e com a quase companhia de um colega (cantor) a debitar uma lengalenga sobre pastores, ovelhas e fazer só com a boca
um tema (tarados) de João Aguardela pensava (ele), um tradicional (Alborada) de Trâs os Montes (sei eu)
fui (agora) ouvir o disco
a faixa 18 versa sobre o regionalismo crítico e rima assim:

Dê-me o dinheiro, Sinhora Ana (bis)
Dê-me o dinheiro
Que eu ganhei toda a semana
Prá comprar um sobertudo
Prá trajar à maricana.

Dê-me o dinheiro Sinhora Tresa (bis)
Dê-me o dinheiro
Que eu ganhei ontem na mesa
Prá comprar um sobertudo
Prá trajar à mirandesa.

bem, se não é sobre o regionalismo crítico é sobre a "crise" (um opinador desenrascado tem sempre solução prá tudo)
hoje entretido com placas de toponímia
azuis escuras, esmaltadas
a coisa mais linda deste país
(se quiser, se precisar, posso dar referências e preço - o senhor, de Matosinhos, foi de uma simpatia daquelas como já não se usam...)
já na obra vou ter (medo)
ombreiras de ferro, pedra, madeira
em tudo o resto, o habitual
até as moscas são as do O'Neill

nexexidade Crítica

terça-feira, novembro 02, 2010

a vida secreta de um telecomando

O Mentalista à segunda, Erva à terça, Chuck à quarta e Mad Men à sexta (à quinta-feira não sei o que passa...)

segunda-feira, novembro 01, 2010

TAL 2010 - ODP no CCB














depois da boda, o labirinto (do amor!?) prós (amorosos...) hamsters da arquitectura...
pena que a(s) exposiçõe(s), na sua ambição (?) de "ir a todas" (SAAL, "casa do futuro", "norte- sul" - a série... - etc.) acabe por aprofundar muito pouco de cada um dos temas que se (auto) propôs a expor...
comecemos pelo futuro, quero dizer, pelo passado, da casa da futuro...
convenhamos que a ideia de expor projectos do "futuro" com mais de 50 anos não é bem uma aposta propriamente muito interessante... de uma trienal espero mais que aquilo que os livros de história da arquitectura possam ensinar, espero, mesmo quando se resolve a enveredar pela história recente da disciplina, mais que a exposição de uns originais de época...
o SAAL, em vídeo (de Catarina Alves Costa) ocupa um casinhoto dentro do "núcleo" da mesma "casa do futuro" (e os komissários que são muitos e todos pessoas de muito a-gabarito lá saberão porquê...)
não passa de um filme pobrezinho, doméstico (uma coisa ao nível de um trabalho escolar...), previsível no encadeamento do "slideshow" e na utilização da "banda sonora" de época...
e talvez seja isso mesmo, a falta de uma (qualquer) perspectiva "exterior" (uma que não fosse a "perspectiva" muito lá de casa...), a falta de uma (qualquer) perspectiva "crítica", para além, mais além, da exposição da "nostalgia" de uma época passada, o que liga este dois (não) acontecimentos
o "núcleo" dedicado a "falar de casas" em Portugal é uma disparatada cacofonia sonora ("projectada" por uns "orifícios" nas "paredes"...) que a pobreza (portuguesa... franciscana...) de "dados" (faltam mais desenhos "técnicos", as maquetas pouco ajudam e as fotografias dedicam-se a mostrar camas desfeitas e paredes brancas...) apenas acentua...
é acelerar senhores, é acelerar... que o vídeo com os depoimentos (José Gil, etc. - estão a ver o filme...) também está em baixo e não... "rola"...
a "lição nórdica" troca o preto das paredes do labirinto (ah pois, as "paredes" - como aliás não podiam deixar de ser... - são "pretas"...) pelo azul (e por um azul particularmente infeliz como "fundo" para a diversidade do material a expor...)
os projectos atravessam-se sem particular entusiasmo, como quem passa pelo Dezeen ou outra porcaria qualquer do mesmo género... (até o bolimetro já postou daquilo...)
ah, sim, gostei desta fotografia
ao fundo, de um dos lados, deixaram ficar aquilo que parece ser uma tábua de passar a ferro de um arquitecto sensível, existencialista...
arte, híbrida, transversal, pela certa...
a coisa segue pela Suíça com um "caso" qualquer não sei do quê onde uma fotografia de uma fachada (qualquer) expõe a palavra "corrupção"... ainda bem que chegámos à (corrupta) Suíça, pensei, e que já não estamos - nada teríamos a dizer... - a falar sobre casas portuguesas...
depois da Suíça, no lado oposto (ai estes curadores...) à "ala" azul dos nórdicos, "a cidade popular" de "Africa e Brasil"
três mesas (voltámos ao "banquete"...) expõem três "casos de estudo" para três cidades: Recife (Una Arquitectos), Luanda (Maria João Teles Grilo) e Maputo (José Forjaz)
a acumulação (também visual) da informação (gráficos sobre mapas, etc.) e a exposição (horizontal...) nas ditas mesas não facilitaram o (meu) entendimento das propostas
depois de uma sala branca com muitas letras (adiante...) descansar (por fim...) na (vazia...) sala, "quarto" (escuro) das projecções vídeo
três (outras vez) ecrãs mostram três "pequenos filmes" sobre outros tantos edifícios "históricos" das mesmas três cidades
são filmes despretensiosos, informais e coloquiais, com os autores (ou com o filho de um dos autores) dos projectos
os filmes pouco mostram dos projectos de que "falam" (não é mostrado um único desenho ou uma única fotografia do interior das casas...) mas são, ainda assim, o melhor momento de toda a exposição
mais uma vez é a nostalgia (o "saudosismo") por um passado (ainda) recente, moderno, "tropical", que se instala, por entre as (originais!?) cadeiras de madeira (tropical!?) e o vazio da sala...
Fernão Lopes Simões de Carvalho termina a confessar o desejo de voltar a ver o Bairro Prenda devidamente recuperado...
em dia de finados, com as (ruínas de) paredes pretas (queimadas!?), a olhar - como no filme - para "o futuro do passado", a trienal presta respeito e faz o sentido e devido luto a uma certa (maneira de fazer) arquitectura...
falar de casas... em Portugal... em 2010...
e pensar que Valhelhas ficou de fora...

Finados

Everlasting Everything: George Harrison e Dennis Wilson, juntos, não teriam feito melhor...

chovem expertos # 2

o meu momento (o meu "quadro") preferido desta galeria (de iluminados e refulgentes carecas fardados com calcinhas "levis", blazer - preto... - e "pera"...), é quando (honestidade obligue...) o mêMateus e o João Luís (CG) confessam que nunca tinham posto os pés em Angola ou na Cova da Moura...
com expertos destes...

chovem expertos # 1

O que sucedeu não pode ser justificado apenas pela precipitação. Estive a ver os dados do INM relativos às estações meteorológicas de Lisboa e a quantidade de precipitação que caiu, hora a hora, foi elevada durante alguns momentos, mas tratou-se de uma situação típica de Outono. Os responsáveis pelo nosso planeamento urbano esquecem-se que em Lisboa chove mais num ano que em Londres. A diferença é que a nossa capital tem 4 meses secos, ao passo que na capital do Reino Unido a precipitação distribui-se de forma mais ou menos constante ao longo de todo o ano. Lisboa tem uma precipitação média anual que ronda os 720 mm (período 1971-2000), Londres conta com cerca de 590 mm por ano (período 1971-2000). O nosso clima caracteriza-se pela existência de uma estação seca, que está praticamente ausente no Alto Minho, mas no litoral algarvio dura 5 meses, e de um período muito húmido: Outubro a Maio no Porto, Outubro a Fevereiro em Faro. Contudo, esse dito período húmido, dada a nossa latitude e posição geográfica, caracteriza-se pela ocorrência períodos muito chuvosos, com poucos dias de duração, que podem alternar com dias, semanas ou mesmo meses (em anos muito secos) sem precipitação: este padrão é bem mais evidente na região Sul. No planeamento urbano, no planeamento agrícola ou na gestão dos recursos hídricos há que ter em conta que Portugal não é um país tão seco e solarengo quanto se apregoa: este é mais um dos chavões que grassa na populaça ignorante e em muitas elites que se julgam iluminadas. Na cidade do Porto, a precipitação média anual é duas vezes superior à que se verifica em Paris, e em Évora ou Beja chove tanto ou mais num ano do que em vastas regiões da Europa Central. O Minho recebe tanta ou mais precipitação que a Irlanda, e as montanhas da Peneda ou do Gerês são mesmo uma das regiões mais húmidas da Europa. Perante este quadro, é lamentável constatar que, um pouco por todo o país, se betonizam injustificadamente cursos de água, arrasam-se galerias ripícolas, constrói-se em leito de cheia, via incêndios e más práticas agrícolas e florestais promove-se a erosão dos solos das nossas serranias, impermeabilizam-se solos enquanto vastas áreas urbanas permanecem abandonadas, e a clamar por uma requalificação que nunca ocorre, não se promove a poupança de água em anos mais húmidos e não se adequam as culturas às nossas realidades edafo-climáticas.

Mas as vozes do alvoroço blogoesférico já lançaram os seus mil e um pregões sobre o que sucedeu. Aposto que 99% dessa gente nunca leu uma linha de Orlando Ribeiro, mas estão em crer que sabem alguma coisa sobre a geografia do nosso território.

Esse é um dos males do nosso (escasso e paroquial) debate público, está viciado por uma série de chavões sem qualquer sustentação racional, que se instalam como dogmas sagrados que ninguém questiona. Nisto das questões do clima ou dos solos, debita-se que somos um país com óptimas condições para turismo de sol e praia, que somos um país onde quase não chove ou que temos solos pobres para a agricultura, entre tantos outros. Depois, pelo meio, anda o Arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, ou o Professor Jorge Paiva, a tentar corrigir a corja dos iluminados que cuidam ter estofo para falar sobre tudo, tarefa árdua e sem sucesso.

(Link)

eu... eu ainda sou do tempo (recordar é viver...) em que na estação de televisão o Arq. Ribeiro Teles defendeu a troca da "mãe-de-água" do Alqueva por uma "maternidade" de barragens por esse Alentejo a fora... mas então... o "turismo" de "sol & charco" ( e "caça"... não esquecer - nunca! - a "caça"...) do Alentejo...

eu bem sei o que é que já me custa a arquitectura...

a capa é linda (podem dizer que o ODP tem um fetiche por capas de discos com corta-relvas), a pontuação, as estrelas, do melhor, mas grunge acústico...