segunda-feira, novembro 30, 2009

o essencial sobre (a arte de tramitar)

Cimeiras

domingo, novembro 29, 2009

Truelove's Gutter

Com apenas 8 "faixas" (duas das quais a rondar os 10 minutos...) é bem provável que Truelove's Gutter venha a estar para a discografia de Richard Hawley como o A Short Album About Love está para a (obra) dos The Divine Comedy.
A inspiração Scott Walker (& ana) da capa não engana e estou mesmo capaz de jurar ter ouvido um pouco do clássico Boy Child na nova For Your Lover Give Some Time.
Vamos (todos) ouvir...

sexta-feira, novembro 27, 2009

Listening Wind *

* mais uma (...) posta sobre a excelência da obra arquitectónica do grande Luigi Moretti

(... e por cá, como é que vamos indo - ah, pois... na mesma... - na digitalização, divulgação e partilha on-line, dos arquivos dos nossos melhores modernos?...)

quinta-feira, novembro 26, 2009

Aliança

é ODP, meus amigos, a marcar as leituras do Owen (e o ingrato - tá mal... - nem sequer agradece...) :)))
A culpa é da "alma"... :)))

Oh não! É outro “texto crítico” sobre “arquitectura portuguesa” *


















Não há grande coisa para escrever (um assunto por demais “esmiuçado”…) sobre o “estado” (“crítico”) da actual “arquitectura portuguesa”.
A arquitectura não conhece fronteiras e o circo da arquitectura portuguesa é, circa 2009, mais ou menos (e no essencial…) como o circo da arquitectura de outro país qualquer.
A arquitectura, à excepção das “arquitecturas (escritas ou desenhadas) de papel”, depende (como nenhuma das outras belas artes…), das “condições objectivas”. Portugal é um país pobre e periférico. A “arquitectura portuguesa” é pobre e periférica (e não há cá fenómenos de “globalização” que resolvam isto entre duas pernadas e um photoshop…)
Pensar a “arquitectura portuguesa” é como olhar para um copo meio cheio (ou meio vazio). Depende (tudo!) da sede com que se… vê.
Para alguns, mais deslumbrados que “optimistas”, a “arquitectura portuguesa” é “uma história (“cor-de-rosa”) de sucesso”! A “arquitectura portuguesa” e os arquitectos portugueses são um “produto” e uma “marca” com uma “identidade”, que se pode levar a passear (sem vergonhas nem outros embaraços) aos salões (reais ou virtuais) do(s) “estrangeiro(s)”… A “arquitectura portuguesa” é “capa de revista” (lá fora…), a “arquitectura portuguesa” é premiada (lá fora…), a “arquitectura portuguesa” é divulgada (lá fora…), a “arquitectura portuguesa”… é o Siza (o que felizmente – e dada a evidência… - nos dispensa a todos de outras e potencialmente inoportunas considerações…).
Para os que insistem em ver o copo “meio-cheio” (…) a “arquitectura portuguesa” é o “somatório” dos nomes dos autores e das obras de “excepção” (as tais que não envergonham ninguém…) fotografadas e publicadas (e raramente criticadas…) conforme os (ditosos) costumes da pátria.
Para os que por assim dizer (com sotaque) se amarram num copo “meio-vazio”, a “arquitectura portuguesa” é – precisamente pelos mesmos motivos… – um autêntico “filme de terror” (daqueles muito antigos… com “efeitos especiais”… “ultra-passados”…).
À margem (com incertas e más maneiras) “circulam” alguns (poucos) para quem o copo meio-cheio, ou meio-vazio, tem sempre a mesma “medida”…
Para estes, o debate sobre (e resumindo…) “formas & estilos”, peca por “desviar as atenções dos graves problemas” da… “arquitectura portuguesa”…
Para estes últimos, a “arquitectura portuguesa”, incapaz de reclamar a sua (devida) inclusão e (justa) participação nos mecanismos e instrumentos que decidem sobre a “transformação” da (destruída) “paisagem”, não passa de uma (quase inútil) “operação de charme”, destinado ao “ilusório encantamento” dos… iniciados…
É desta situação que, de uma maneira ou de outra, estes 15 projectos agora “seleccionados” (entre outros igualmente possíveis) “falam”.

Para o Museu da Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre no Brasil, Siza Vieira construiu a última das suas “obras-primas”. É uma das melhores obras do nosso melhor arquitecto e é uma das melhores obras de (toda a história da) arquitectura da primeira década do novo século. O Museu é uma aula de “regionalismo crítico”. O Museu “mixa” programa e sítio, Lina Bo Bardi e Frank Lloyd Wright, com a experiência (acumuladas) das coisas experimentadas e a (habitual) mestria de “desenho” por todos (embora nalguns casos quase a “contragosto”…) reconhecida.
Moradias unifamiliares são encomendas características das “primeiras obras”.
Para os arredores de Grândola Luís Miguel Pereira projectou uma casa em betão aparente com portadas de madeira. É uma casa “duna”, meia “enterrada” no terreno arenoso, com cobertura ondulante e volumes “radi(c)ais”… O resultado desperta curiosidade e simpatia pela tentativa de (ente) cruzar as expectativas de uma encomenda (“burguesa”) com os diversos formalismos (Ghery, Hadid) do universo dos “starquitectos”. Desilude na análise mais atenta à organização do programa e à espacialidade do interior (onde “destoa” ou sobressai a lareira “cúbica”, perdida, a “atrapalhar”, no “living-room”). “Regionalismo crítico” pós DECON!?...
Estratégia semelhante (via Koolhaas…) para a casa (“emigrante”) Dr. Reginaldo Spenciere dos AUZPROJEKT e a “Cork House” (Koolhaas, H&deM, L&V…) dos Arquitectos Anónimos. A primeira, também predominantemente em betão, explora a similitude com a volumetria da construção vizinha à qual se “adossa”. A organização do programa e a pormenorização conferem-lhe a identidade (ansiosamente…) procurada. A segunda (também) recicla (pela enésima vez…) a “ideia” para “uma casa em forma de casa”, com “telhado” de “duas águas”. A organização interna é “pragmática” e directa, sem rasgos que a distinga. A “pele” (…) em cortiça, perdão, em “cork”, simplificam-na em demasia. A junção a outros materiais resulta confusa e a-tipicamente antipática. Será esse, aliás, o maior dos seus méritos.
Para a Arruda dos Vinhos, o Plano B projectou uma “petit cabanon” com arremedos e lembranças de Le Corbusier. A transparência e honestidade que envolveram as decisões do projecto e da obra (num meio profissional e “disciplinar” muito marcado por uma absurda “opacidade”…) abrem pistas para outros processos/projectos igualmente (quem tem medo de testar os limites dos “equívocos”!?...) “participativos”.
Se a casa da Arruda é uma primeira e pequena “experiência” (e justamente acarinhada enquanto tal), a casa Adropeixe de Carlos Castanheira é a confirmação (a “apoteose”?) de um “ciclo” (?) de moradias unfamiliares construídas em madeira.
É, pelo desenho e “natureza construtiva”, uma obra (ler acima…) de excepção…
Outro “território” de encomenda para alguns arquitectos especialmente seleccionados, têm sido os equipamentos escolares e os equipamentos ligados à “indústria do turismo”.
No âmbito do designado “Parque Escolar” Ricardo Bak Gordon projectou para a escola secundária D. Dinis um pavilhão multifuncional que preenche os interstícios das construções existentes. O resultado, com as “patologias” (de desenho) das muitas “arestas boleadas” e das janelas “sem escala”, encerra mais dúvidas que respostas. A “imagem” prisional, a ausência de amenidades e de “trabalho” sobre os espaços exteriores faz recear o pior sobre o (projecto) “modelo” da futura escola pública.
Outra escola, a Superior de Música na quinta de Marrocos do bairro de Benfica em Lisboa, dá continuidade (passe o paradoxo) ao discurso solipsista da irmã mais velha (Escola Superior de Comunicação Social do mesmo autor). A oportunidade “oferecida” pelo plano de Raul Hestnes Ferreira para a totalidade da quinta como um lugar urbano e civilizado parece agora definitivamente perdida no caos da sua própria arquitectura. Um local “exemplar” para estudar e aprender com o que foram os últimos 35 anos de… “arquitectura portuguesa”.
O Hotel Axis de Jorge Alburquerque explora com inusitado dramatismo – coisa rara entre nós… – a dramática localização (junto a uma “novi-rotunda”…). O contributo (positivo e negativo) para a “arquitectura portuguesa” está ainda por apurar e só o futuro o poderá comprovar. Nos entretantos, a promoção, a elevação, de Viana do Castelo a “capital” da “arquitectura (wallpaper) portuguesa” não passa de um “golpe” de “marketing”…
Outra “unidade hoteleira”, com uma escala e sentido de intervenção muito diferente, é o Hotel Rural do Paço do Pombeiro dos EZZO. A intervenção não se afasta muito do “modelo” mais habitual em casos semelhantes (recuperação de construções existentes, construção de uma “ala” destacada com um “bateria” de quartos novos). O mais interessante da obra é o cuidado posto no estudo da “célula” base que um projecto com estas dimensões e características permite. A “imagem” exterior substitui – sem grandes sobressaltos… – a estafada cartilha “tipo” Souto de Moura (planos vagamente “neo-plasticistas” em perpianho híbrido ou whatever…) pelo betão rosa da última extracção… suíça…
A intervenção no castelo de Castelo Novo de Luís Miguel Correia & Nelson Mota é exemplar na clareza com que enuncia e executa princípios (mais ou menos consensuais…) para a intervenção no património classificado e nos “monumentos”.
O pavilhão “Ar do Rio” dos GuedesdeCampos e o Pabellon Ayuntamento de Madrid de Sanina e Dantas exploram, cada um a seu modo e no contexto dos seus diferentes programas e funções, os efeitos gráficos de composições geométricas. Particularmente apropriadas para obras temporárias e de… “desgaste rápido”.
Para o fim ficam aqueles que me parecem ser as duas obras mais problemáticas (positivo) e ambiciosas de todo o “lote” das seleccionadas: o Arquivo Municipal de Loures de Fernando Martins e João Santa Rita e a Incubadora de Empresas de Vila Verde dos Contemporânea (MGD+EJV). O primeiro porque carrega o peso (“institucional”) de “fazer cidade” com um desenho “extremo” e de extremo rigor e abstracção. O segundo porque sabe que “fazer cidade” depende menos da boa vontade (e do “bom gosto”…) dos arquitectos que do desejo de uma apertada trama de referências (eruditas “e” – both and… - “populares”) capazes de construírem mais que espaços “sentidos”, espaços com (um qualquer e ainda que “fraco” ou “débil”) sentido. A posição marginal, à vila de Vila Verde e à própria “estrada nacional” que “serve” o edifício, dizem bem da nossa (in) capacidade para “incubar” as identidades da nova… “arquitectura portuguesa”…

Quanto ao resto, a “arquitectura portuguesa” é um lugar feliz. Um lugar onde até o próprio primeiro-ministro assinou projecto de arquitectura… Não se via nada assim desde que Thomas Jefferson…

* Exactamente conforme publicado no Yearbook "Arquitectura em Portugal" 08.09 da Workmedia (num quiosque - já! - perto de si...)
ODP (e o am) agradece(m) aos fellows Pedro Machado Costa, Pedro Gadanho e Tiago Mota Saraiva, agradece(m) ao Carlos Sant'Ana pelo (amável, generoso e despropositado...) convite e (ainda mais sentidamente...) ao editor Ricardo Batista.
À vossa (de todos) inteira (des) consideração.

Top 00-09

... sem espinhas:

Sparks, Lil'Beethoven / Hello Young Lovers (2002/2006)

irmãos inseparáveis
são (e vão) dois

Tom Zé, Jogos de Armar (2000)

"Faça voçê mesmo"
"(não é) música do século passado"

LCD Soundsystem, LCD Soundsystem (2005)

bolimétrica, espelhada
(electro) pop pós-moderna para pista de dança

Brian Wilson, Smile (2004)

o rei dos disco pe(r)didos
e o resto é história

Robert Wyatt, Comicopera (2007)

no amor e na guerra
Hasta siempre, comandante

Ali Farka Touré & Toumani Diabaté, In The Heart of The Moon (2005)

os ponta-de-lança de uma excepcional selecção Maliana
a humanidade inteira numa rodela de plástico

Robert Forster, The Evangelist (2007)

sobre a perda - a morte - de um amigo
como a perda de um membro (querido)

... outros filetes:

Stephen Malkmus, Stephen Malkmus (2001)

a reinvenção da maior (?) invenção dos anos 90
agora a solo...

Toothfairy, Formative (2005)

DIY, YMG para o século XXI, Almocrético

The Red Krayola, Introduction (2006)

Dinossauro é a tua tia!

Beth Gibbons & Rusty Man, Out of Season (2002)

out (of the blue)
and out (again)

(Emily Haines, Anja Garbarek, Missy Elliott... Giant Sand (Howe Gelb), Richard Hawley, Wilco... Randy Newman... e tantos e tantos outros... só não me peçam é para aturar top's imberbes de bandas de betos de colete e outras bundinhas engravatadas em patilhas oleosas armadas ao pingarelho... "flipside"...)

Hum... :)))

Será co-incidência!?... :)

Hard on Me

aqui e aqui, em duas versões, incompletas e imperfeitas...

segunda-feira, novembro 23, 2009

Tierra de España














Penso que não inteiramente a despropósito do tema da paisagem e porque isto da paisagem por aqui e por agora (espera-se...) são só, é cá com cada, "cena" e porque eu gosto cada vez mais de documentários e porque o que eu queria mesmo era voltar a ouvir, a "ouver", o (do) vento (e não vejo como...) e porque para (nalguns dos casos re) ver o Top 50 da distopia eu precisava de três fins-de-semana (seguidos) de chuva (ácida) e de um cabo ligado ao tálamo do hipo e lá por causa (da relação...) com a "icónica" foto da de Stuttgart com a voiture em "primeiro plano" (do Corbu, evidentemente) e porque sim...

Tierra de España

Bolo Rei do Lidl

Faço minha a recomendação do Francisco do Vale para que não percam o Câmara Clara (trans) emitido esta noite.
Uma conversa inteligente e com muitas boas sugestões (algumas também já por aqui "abordadas") para desenjoar dos habituais papagaios fazedores de opinião do estado do canal...
Brevemente na net...

domingo, novembro 22, 2009

Juventude ODP # 2

uma posta no Dezeen sobre alguém tão irrelevante como o Um-Big-O do dinamarquês pode facilmente "atingir" as largas dezenas de comentários...
uma posta no mesmo Dezeen sobre a exposição da Obra do designer Dieter Rams no Design Museum em Londres (fiquei a aguardar...) não mereceu mais que dois comentários...
isto está bonito...

Juventude ODP # 1 (os "créditos"...)

descobri, na última sexta, que existe agora (mais) uma daquelas “novas” coisas sinistras que dá pelo nome de "créditos" ("introdução" ao admirável mundo novo da legislação laboral e do lucrativo - para os "outros"... - "banco de horas"?...) que os jovens candidatos a arquitectos ou a estagiários de arquitectura têm que... amealhar...
peço a todos muita desculpa, mas eu ainda sou do tempo (...) em que frequentar conferências significava qualquer coisa como desejo de saber, desejo de aprender (e de aprender a aprender...), desejo de desejo...
aprender por obrigação, frequentar conferências (todos vestido de preto, claro...) como quem, com a alegria de quem, assiste a um velório, nunca deu, nem pode (vir a) dar, bons resultados...
digo eu... que não sou deste tempo...

sábado, novembro 21, 2009

Vertigo

Partners (in a dystopian kind way)









Walking Citie, Archigram



















The Langley Academy, Foster + Partners

(via Dezzen)

O que é que eu dizia (onde é que eu dizia...) sobre a cópia das coisas com mais de 40 anos...

de pouco, ou nada

de pouco, ou nada, adianta, a reiterada (e meio estafada...) repetição da crítica à starquitectura
de pouco, ou nada, adianta, o (ingénuo...) achamento de congénitas maldades e outras terríveis alianças entre as pategadas formais das (múltiplas e menores) starlets e as invariáveis posições do phoder pelo homem do capital...
a crítica, a procura de soluções para os problemas que minam a disciplina, passa, tem que passar, pelo interior da própria disciplina
a arquitectura "genérica", compacta, adaptável ("Glove vs. Mitten"), com uma "estrutura muda" e uma "cara parlante" decorada & enfeitada (q.b.), económica na (sua) contenção formal e durável ("verde"...) na consistência das (suas) propostas construtivas que o Venturi (et al) vem defendendo fazendo (e refazendo e consolidando...) de há muitos anos a esta parte não significa senão, e precisamente, isso...

e isto - adenda- claro, que tirar a alternativa à starquitectura não signifique nem implique com nenhum "retorno" a nenhuma espécie de (falsa) "pureza" do projecto moderno como me quis parecer que chegou a ser aventado...

Scars

TV Guia

da causa das relações...


















e não digam que vão daqui...

para a "pequena história" vale também muito a pena ficar a conhecer a "boca" do Ghery ao chegar a Praga...
Ó Ghery... e foi só isso o que te ocorreu!?...
da causa das ralações... (e outros ralhetes...) :)
a trabalheira que vocês me dão... :)

quinta-feira, novembro 19, 2009

economia da arquitectura (posta suplementar)

ODP também não rectifica projectos
redistribui...

o operário cantor

isso é tudo um pouco bizantino...
o melhor é andar pelo estaleiro
trabalhar no estaleiro
acarinhar o projecto, em obra, e resolver problemas
esta manhã resolvemos - e digo resolvemos porque foi mais um par de decisões do colectivo... - o desenho para uma escada metálica insuficientemente (mea culpa) pormenorizada
melhor assim
o autor do projecto, o colega que trabalha para o empreiteiro e mais dois sujeitos bem simpáticos (e aparentemente extremamente competentes) que desceram do Minho para executar os trabalhos
todos ao molho, de volta de uma tábuas que serviram de "estirador" improvisado, a atirar bitaites (a esfolar o bicho) e a matar a junta
acabou, vai acabar (estou muito confiante) muito bem
os degraus, os "cobertores", em madeira, vão assentar numa chapa rectangular, cortada em diagonal numa das pontas, e depois quinada, para soldar ao perfil
do outro lado enfia pela parede a dentro... chumbada
o desenho (o esquisso) convenceu de imediato
com a certeza das coisas certas
não durou tudo, ao todo, mais que uns poucos de minutos... (mas foi como uma comunhão...)
e depois, onde mais é que se podem encontrar operários a cantar (e bem) o fado, enquanto a(r)mam, com as próprias mão, o ferro?

O Duplo

quarta-feira, novembro 18, 2009

mais uma posta sem os respectivos bonecos

achei curiosa...
a semelhança...entre uma foto de umas escadas do Kahn "entaladas" entre duas paredes de tijolo construídas nos "alojamentos" de Dhaka e a(s) rampa(s) da torre da Igreja do Sagrado Coração... de Praga...
mas agora que estou aqui com a mão na massa, reparei também na ainda maior co... semelhança... entre a maneira como as mesmíssimas rampas atravessam o(s) "óculos" da torre da igreja projectada pelo Plecnik e a maneira como as escadas nos "deambulatórios" dos corredores da "assembleia" (do Bangladesh...) atravessam (e "cortam"...) os "óculos" da obra do Kahn...
nestas (sempre tão atento aos "antecedentes"...) não reparou o Robert McCarter...

Borbulhas

Há mais marés que marinheiros
Há mais camelos que desertos

"un Eisenman"

terça-feira, novembro 17, 2009

Like Leila Khaled Said

... de entre todas as cantigas com a aveludada e quase mítica palavra "said" no título que me estão agora para aqui a assomar esta deve ser uma das mais estranhas...

segunda-feira, novembro 16, 2009

The Dream's Dream *

Sonhei que andava a passear pela cidade lá para as bandas (estreitas...) de um largo...
Solar, Technicolor, Tal & Qual...
Cruzei-me com o Mário Crespo, o jornalista, em plano inclinado, a fotografar um "muro técnico" (!?) plantado, absurdo, no meio da rua, em cima dos carris do eléctrico.
Falámos, vagamente, sobre a reforma das instituições e a administração da coisa pública, mais depressa do que o tempo que leva a uma objectiva (digital) abrir-se. E fechar-se.
A arquitectura (da cidade) maravilhosa (não faço ideia que ruas seriam aquelas mas não conheço pintor de Lisboa que tenha logrado uma tão perfeita síntese do seu amoroso urbanismo, entre quarteirões mais ou menos aborrecidos e a revolta contra uma topografia madrasta...).
Falei ao telemóvel (perdido...) com um amigo que morreu, suicidado.
Utilizei a unha de um dos dedos do pé como "intercomunicador", meio sentado no passeio e todo enrodilhado, como um mestre, Yogi.
Que queres - perguntou - porque é que não me deixas em paz?
Não respondi.
E nisto já estava em casa de não sei de quem... vivenda modernista, Cassiana, "náutica" (do rio é que nem sombras...), com toda a espécie de jovens "Eramus" (ou seriam Japoneses?...) a cruzar a sala mobilada...
Não sonhava nada assim com um "ambiente gráfico" tão elaborado desde o meu melhor (sonho) de Tubal... (que meteu entradas de sendeiro por mercearia em aldeia da serra e saídas de Leão por livraria do antigamente ao dobrar a esquina de uma praça com a mais perfeita da fontes "barrocas" - desenhada a quatro mãos pelo Borromini e pelo Gaudi...)

* Adventure, Television

domingo, novembro 15, 2009

The Dream Syndicate

Notícia da Semana

Cidades, Fantasmas














como, aposto, não fizeram os TPC, também não devem ter reparado na semelhança entre a outra da cidade fantasma e o embelezamento (obrigado Salazar) dos nossos hiper democráticos Polis...
Cidade fantasma...
Sê bem vindo à cidade da paz...

en-veredas

que querem, aborrece-me, que a bibliografia sobre a Obra do Venturi não supere a (repetição da) meia-dúzia de "lugares-comuns" (aqui não como "ponto de encontro cultural" mas apenas como regurgitação de...) "à volta" de duas ou três obras de "juventude" e já com cerca de 40 anos...
porque a Obra do Venturi, por muito importantes que sejam (e são) a publicação do C&C a Guild House ou a Casa da Mãe, é mais (sim MAIS!) que essas primeiras obras-primas e porque da "tresleitura" (ou "ignorância"...) da Obra (escrita e construída), resultaram um conjunto de equívocos que muito têm penalizado não apenas o Venturi (coisa menor, apesar de tudo...) mas os "caminhos" (de cabras...) de grande parte da arquitectura... contemporânea...
como se fosse possível reflectir sobre a Obra dos (contemporâneos...) Beatles, emitir juízos críticos sobre os Beatles, sem ouvir mais (por melhor que seja - e é...) sem ouvir mais que o Love Me Do...

Depeche Mode

a cidade-palco (morna, molhada, iluminada) dividida entre os semi-nus da celebração e a turma (resfriada) do cachecol
a sala, esgotada, eléctrica, regada a cerveja (fria) como antigamente
o techo, warm-up, a dar o mote (que do tangerina não reza a história)
elegante ("rasgadinho"...) nos arranjos e arriscado no alinhamento (que deixou de fora muitas das mais conhecidas e de e-feito sempre garantido...), soube combinar e equilibrar a "apresentação" do mais recente com a ("obrigatória") revisitação dos clássicos
música sem "rugas", mesmo ou especialmente naquelas que já passaram (uma eternidade na história da pop...) dos 20...
dinossauros, eléctricos, em grande forma
competentes, profissionais e generosos
o concerto de uma vida?
entrou no top...

sábado, novembro 14, 2009

Black Celebration

Como não visto preto
vou de breto

(para quando o wrestling entre o cara de ratazana do esgoto e o cocó do beto com franja à dah!!!???...)

a-relembrar # 2

a-relembrados desta ?
pois bem... é outra que vai p'ra obra...

sexta-feira, novembro 13, 2009

a-relembrar # 1










... esta é só (ai que mal a-comparada...) para a-relembrar o génio da obra do Siza em Porto Alegre e para comprovar a falta de qualidade do desenho da "obra" da a-zaha-rada... coitadinha...

quando os concursos

Tribune Tower, League of Nations, Palace of Soviets... ah... quando os concursos (primeiro que tudo) existiam e (depois, quando até) serviam para diferentes arquitectos proporem arquitecturas... diferentes...

a despropósito... odp agradece toda e qualquer migalha de informação (a mais...) sobre o projecto de A. Perret para o último dos três concursos...

toca e foge

fazer arquitectura é como tocar às campainhas
e correr

quarta-feira, novembro 11, 2009

Arquitectura de Interiores












quem tb tem disco novo são os Weezer
a música, pela amostra, não convence...
mas a capa, senhora... :) a capa...

erótica # 2

Mies não gostava de fachadas lisas
nem de mulheres

(de memória...)

erótica # 1

a teoria de arquitectura é como a areia
na vaselina

terça-feira, novembro 10, 2009

Lá fora

ODP no Guttae

segunda-feira, novembro 09, 2009

Comics

nunca pensei viver para ver (mas é como se diz...) para ver os H&deM a descer (para baixo...) de Um-Big-O dinamarquês... metrobasel!?... ah, os cómicos...

Dominó

Dorme dominó
Joga ponto em pé
Lobo come a avó
Este prato é
Das velhas de chinó
E a dama perde a fé
O Príncipe deu o nó na montanha de puré
A carne vai ficar só na pauta falta a ré
Russas de trenó
Yankees de ralé
Dorme Dominó
Velha morre a Sé
transforma-se em pó
Brigitte yé-yé
O Príncipe já não é
O lobo que vive só
Vampirizando até
O sangue azul da avó
O Príncipe deu o nó na montanha de puré
Dorme come dorme dominó


GNR (letra de Rui Reininho)

segunda-feira

domingo sabe de cor o que vai postar...

domingo, novembro 08, 2009

desistir (duas)















porque algo se quebrou (caetano) quando os arquitectos desistiram de imaginar e de desenhar tapetes pendurados
nos varandins e roupa a secar nas cordas...

desistir (uma)

sábado, novembro 07, 2009

patavina

Eisenhüttenstadt


















Link

E agora, se quiser(em) perder tempo, leia(m) também a "reportagem" do Público...

sexta-feira, novembro 06, 2009

por estes dias

quinta-feira, novembro 05, 2009

Luxist

quarta-feira, novembro 04, 2009

e ali mesmo ao lado...

O último, o mais recente, do Chuck
"a political album for non-political people" !!!???
Ó Chuck (o que é que tu foste fazer...)
Let Freedom Ring
Ah, (bem) bom...

Balm in Gilead

o mais recente (a ordem não interessa...) de Rickie Lee Jones
ouve-se (na integra...) aqui

segunda-feira, novembro 02, 2009

regurgitação

Superstudio


Kualhas

domingo, novembro 01, 2009

Torre das Canções














I say to myself,
"O foolish heart, crazy thing,
You hear any old tune and you sing,
You sing..."

November

1.º de Novembro

Um traço, um berço
Dois destinos que se cruzam na lonjura da distância
Erva fálica pelo caminho
Distúrbios, subúrbios
Automóveis ferrugentos desenhando o horizonte
Os paralelos asfixiam a alma
Solidão, saudade
Rumagens, romaria aos queridos defuntos
Carcaças abandonadas ao passado
Lágrimas, fábricas
Tempo invernoso sublinhando a ausência
A música ouve-se triste
Solidão!
Saudade!
Romagens!
Romarias!
Solidão!
Saudade!
Queridos!
Defuntos!

Mão Morta

e com ele, um pouco de nós