quinta-feira, novembro 30, 2006

A Descida ou...






















Tens razão quanto ao "sensual" Rubens, beluga.
A (necrófila?) mulher (?) de vermelho nem sabe para onde é que há-de olhar... e as duas manhosas ajoelhadas não passam de umas grandes falsas.
(Umas ordinárias e umas invejosas, é o que elas são!)
A virginal comoção do imberbe homem (?), que mais do que tocar Cristo procura por Ele ser tocado (Madonna mia...) destoa da magnífica comédia de enganos em que se entretêm (e nos com eles…) os outros setes (pecados?) pecadores.
A descida (da cruz) ou mais um (retrato de um) dia de trabalho no monte Gólgota… com os bem sucedidos profissionais do (próspero) negocio (do que vocês quiserem...) e as adoráveis e sempre eternas (e muito femininas) coscuvilheiras…

(Se formos a pênaltis, escolho o Caravaggio!)

Contratempos em Constantinopla (Informação ou Evangelização?)

Deus (com maiúscula) me livre (com bom senso e humildade cristã) de questionar os superiores desígnios dos critérios jornalísticos do estado (laico) do canal, mas o que é que ainda haverá mais a noticiar para justificar outra reportagem sobre a visita do Papa à Turquia? Depois da relevância noticiosa da visita de Sua Santidade a Efeso (e Maria isto e Maria aquilo...), já só cá faltava mesmo uma reportagem (choque) sobre a rua árabe (com direito a entrevista ao motorista da Carris lá do sítio e tudo...) para informar dos transtornos que "o homem vestido (e calçado) de branco", causou ao quotidiano dos heréticos indígenas. (Diz que Istambul está "virada-do-avesso"...).
O que nos vale é que os contratempos (à produtividade dos Turcos), não foram causados por nenhuma greve ou manifestação "roxa"... porque de outro modo já ninguém podia atura o papinho cheio das múltiplas postas ultramontanas (nos blogues) dos fachos do costume.
Entretanto as equipas (de exteriores) destacadas (no local) à cobertura (calma) noticiosa do "evento", vão sendo pagas com o meu bolso...

quarta-feira, novembro 29, 2006

Fotografia de Arquitectura

Architectural Photography

Part: 1, 2, 3, 4 e 5

Ellipse Foundation (Arkinetia)

Desenhos e fotografias da Ellipse Foundation Art Centre – Estoril/Alcoitão, dos arquitectos Pedro Gadanho & a.s* no Arkinetia, graças ao Link (graças a um dos Links) da última posta de O Arrumário.

terça-feira, novembro 28, 2006

O Feitiço do Tempo

É impressão minha ou as notícias são sempre as mesmas? Camarate, um qualquer "escândalo" no futebol, a retoma (ora re-toma lá!) também na variante pré-anúncio do fim-da-crise, e mais não sei o quê e etc. e tal... Déjà Vu ("bad trip"?), produção corrente de Hollywood... é " o feitiço do tempo" em "eterno retorno"... São sempre as mesmas (é sempre a mesma notícia "novidade"), they just go on and on... round and round, up and down...

Groundhog Day

God

Italia 1 - Flandres 0

E eu também prefiro o Caravaggio.
Há por ali uma luz branca… e mais contraste entre a carne (morta) e a mortalha.
Mais secura e (ao contrário do que dizes) menos "pathos".
Acho a composição das seis figuras (em desequilíbrio) mais equilibrada.
E a mão da mãe de Cristo, por cima da cabeça do seu filho, comovente.
As mãos no ar da figura à direita (sempre), a desviar a atenção (sempre), é que "não havia necessidade"... e quase deitavam tudo a perder!
("alembraram-me" – as mão no ar - do "8 de Maio" do Goya...)
O Rubens é muito... "amarelo".

Dotted








De vez em quando não resisto e lá vai mais uma.
A visita é diária. O Link está na coluna da direita.
É quase (mas mesmo quase) sempre genial.

O Mundo Precisa dos Yorn? *

E da ANACOM? **

Depois de muitos e muitos episódios da telenovela da OPA (hostil!), de uma prece (pública) do presidente esfinge, e ainda não temos fumo branco...

* não

** também não

Boletim

Só ontem (dia 27) recebi o boletim (que se quer informativo) com as actividades para o mês de Novembro da Ordem dos Arquitectos.
A desculpa com os afazeres do Congresso não é necessária... o atraso é "perfeitamente normal"...
O meu vem com mais encartes suplementos e papelinhos (nos mais variados feitios), que um jornal "expesso" nas semanas que antecedem o natal.
Merece algumas leituras, mas o destaque vai todo para o artigo da "presidenta" sobre a revisão (não revisão) do 73/73.
33 anos e 14 mil e não sei quantos arquitectos depois, parece que a coisa corre o risco de acabar ainda pior do que estava antes de começar!
À consideração de todos os (200) que se fizeram fotografar para a posteridade nos degraus da AR, e de todos os que saudaram e festejaram a gloriosa iniciativa...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Azul

Alerta

Já reparou que o país está prestes a reentrar em alerta cor-de-rosa?

domingo, novembro 26, 2006

Cortiça e Gelatina

O Tiago (obrigado Tiago) enviou-me algumas imagens do segundo classificado no concurso para o Lote 13 da Vila Utopia, de que tenho (temos...) vindo a falar.
Por aquilo que vi, achei o projecto muito "mauzinho"... um "H" ("deitado") maciço e maçudo com dois pátios (de dois pisos) orientados a nascente e a poente (ambos integralmente em vidro...), poucas janelas, perdão "aberturas", a sul, e um envidraçado com uma estreita varanda no piso superior orientado a norte... para o lote do vizinho...
O volume é revestido pelo exterior, e também na cobertura, a cortiça...
A entrada, o acesso à moradia, parece fazer-se pela cave, através da inclinada rampa da garagem que ocupa toda a largura entre a casa e o limite do lote (o acesso dos carros à garagem, não parece nada fácil e nada funcional...).
Na cobertura sobressai um volume que não compreendo... parece que caiu uma colherada de gelatina de morango em cima da maqueta! Valha-me... Ele!
A maqueta oscila entre a representação hiper-realista dos materiais e dos carros miniaturas, e a "representação abstracta" da (falta de) caracterização das caixilharias, ou dos espaços exteriores... mas, na generalidade, é imensamente divertida na sua inconsequente policromia!
Calculo que seja o que os estudantes de arquitectura de sucesso produzem hoje em dia, para sacaram umas boas notas... e pelos vistos também uns prémios nos concursos...
A forma (a planta, os volumes) recordou-me (devidamente "encolhido" e à escala doméstica...) o "memorial museum" de S. Francisco, nos U.S.A. da dupla de arquitectos de chocolate suíço... mas as semelhanças podem ser com qualquer um daqueles "projectos-maquetas", periódica e assiduamente publicados nas revistas bíblia da juventude do tipo El Croquis...
Ao (re-)ler as considerações do júri (?), fico com a ideia, vá-se lá perceber porquê... que não ganhou por uma unha negra...

Posta Sentimental

Odp faz 1 ano.
A (quase) todos os que passaram e muito especialmente a todos os que "reincidiram" nos comentários (vocês sabem quem são...) o meu muito obrigado.

Quotização

Obrigado pela visita, pelo comentário... e pelo convite, caro TMS.
Por enquanto, a participação faz-se com estes meus despropósitos...

O resultado (a soma) é o que menos interessa. São 43%... dos apenas cerca de 20% da totalidade dos membros da Ordem dos Arquitectos que responderam ao "inquérito"...

Não sei como é que a quota (a existir) poderá reflectir com maior justiça a gigantesca disparidade de "ordenados" mas sei que esta questão deveria preocupar os membros de uma “Ordem”.

O valor da quota (salvo erro) é estabelecido com base numa percentagem do ordenado (sem aspas) do "arquitecto-funcionário-público".
O inquérito procurou apurar quantos são e o que fazem...?

sábado, novembro 25, 2006

Frank Furness

Espólios

Aumentos de 25%...

... para o Assessor.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Todd Hido


















Via Formiga...

Ganda Noia

De volta ao "país real" acabo de ouvir a notícia da aprovação pela CML de uma urbanização para o bairro de Marvila com os votos contra da "esquerda", a abstenção da MJNP, e o voto de "qualidade" (LOL) do Carmona, que "colide" com o traçado (?) previsto para a linha do TGV.
O ministro das obras públicas (a)parece "indignado"... fala-se em "medidas preventivas"... mas o que é que esta gente que nos (des)governa anda (ou não anda) a fazer?
Venha o Zapatero!

Casa Ideal...










Meu Caro P.

O que é que eu posso escrever sobre o teu projecto?
Não é bem um projecto... parece mais um "estudo", em abstracto, do que um projecto, em concreto, para aquele sítio e para aquele "concurso".
Como projecto "tipo" tem muito (de bom) por onde se lhe (voltar) a pegar. (Pode dar umas generosas moradias em banda de "risco-ao-meio" por exemplo...)
Gosto do "objecto"... pessoalmente até sou mais sensível a estas arquitecturas "graves", pesadas e (bem) agarradas ao chão do que a outros exercícios mais "ligeiros", de arquitecturas algo "espíritas", cheias de corpos em levitação... Do meu ponto de vista, a casa ganhava (muito) com uns beirados expressivos e bem "lançados", digamos à maneira do FLW ou do nosso Keil do Amaral, para acentuar a horizontalidade da composição... e para a coisa ganhar mais umas sombras (a arquitectura, afinal, sempre é o jogo correcto e magnífico dos volumes...)
Repito. A proposta parece-me estritamente objectual... ignora o desenho do lote e a "linguagem" dos projectos dos "consagrados", e "evita" qualquer relação "explicita" com os espaços exteriores. Não é sequer esboçada (que se veja...) qualquer tentativa para o desenho dos percursos entre a garagem (?) e a "casa-mãe". Assim não admira que não fosses lá... (é que assim não vais mesmo lá...)
Dizes que o projecto é "irónico", mas eu não concordo. O projecto pode não ser a "sério" mas é (talvez até demasiado...) sério. A garagem "à margem", nos fundos do quintais, não é irónica... é uma "piada" (de mau gosto).
Enfim... coisas boas e coisas más... ficam ditas.

Imagens: "Casa Ideal para Uma Família Utopista Radical" de Paulo Moreira

quarta-feira, novembro 22, 2006

Silver (medal)












Primeira impressão muito positiva!
Sim isso do Siza e do Souto... mas não interessa.
Gosto da escala da casa, das suas dimensões muito apropriadas e ajustadas à área do lote...
Não parece "pesar" sobre o espaço disponível ou sobre os vizinhos e neste aspecto penso que é (de longe) o melhor de todos os projectos que já vi (Pijama "in...")
O pátio (a "mega-alheta") virado à rotunda a sul, permite (2 em 1) a desejável exposição solar e “abafar” o ruído do trânsito.
(Apeteceu-me uma varanda ali algures, talvez no quarto... ou então uma promíscua "varanda-mista" acessível por mais do que um buraco... ou então ainda uma escada para o terraço da cobertura...)
O volume "rodado" introduz complexidade e variedade num esquema que podia pecar (mas não peca) pela "falta-de-novidade" da tipologia (principal) em "U".
Voltando aos mestres... não ligues... A ejaculação precoce às novidades é uma grande chatice...
Pisa (no Siza) e repisa e volta a pisar (a Sizar)... as vezes que te apetecer se me permites o “conselho”.
Os “espaços-agudos” podiam ter ganho umas “palas” de protecção à entrada e para protecção e “prolongamento” da cozinha... Os volumes “cortados à faca” são mais “bonitos” mas menos funcionais e “habitáveis”.
Gosto muito da garagem perpendicular à entrada e (semi-)escondida, da “dupla” entrada (à “volta” da escada) e também do “janelão” (orientado à luz difusa do norte…) sobre o generoso pé-direito da entrada principal.
Muitas (muitas) dúvidas quanto à janela do “car....” e quanto à janela do quarto no tal corpo “rodado”, orientada (sobre a entrada no lote) a noroeste (?), que “desperdiça” a óptima exposição solar para o “pátio-bicudo” e a proximidade (a promiscuidade, mais uma vez…) da “vida” da cozinha, no interior e no exterior da casa...
Temos arquitecto.
Muitos parabéns.

terça-feira, novembro 21, 2006

Casa

Estruturalmente arriscada
(estrutura naturalmente riscada)
quase Brasileira...
(também) nas transparências
e nas curvas tropicais (?)

(...)

Casa

Utilitas

"Esta tese não diz que as formas arquitectónicas só são belas no cumprimento de uma função (um destino); diz que o são quando a sua "coerência e carácter" não forem "expedientes" autonomizados desse "destino", ou seja, quando a força poética das formas emergir no processo da sua utilidade."

Paulo Varela Gomes, O Carácter do Lugar (sobre o edifício da Faculdade de Psicologia de Lisboa, do Arq. Manuel Taínha), Architécti 10

A linguagem pode estar um pouco rebuscada (olha quem...) mas a "mensagem" (à navegação) para uma (a melhor) pratica "tardo-moderna" e "pós-funcionalista", está lá... e (salvo melhor opinião) permanece actual!
Lembrei-me de reler isto... espero que seja de alguma utilidade...

Nice Price

Para quê correr atrás do último, do novo (e do velho...) disco do senhor? As canções estão por aí (algumas já cá cantam...). E para quê correr atrás do prejuízo quando as canções vieram para ficar, como o Toyota e o outro que agora não me ocorre...
Do que é que eu estou a espera? Do Nice price!

Cozinhas e Casas de Banho de Andrea Palladio

Portas Parvas # 2

Porta interior em alumínio (termo?) lacado cinzento e rodapé em mármore branco, Multibanco CGD...

Porta de alumínio com rodapé (porta com rodapé!!!) em mármore...

... "I guess I just wasn't made for these times"

Portas Parvas # 1

Porta interior da arrecadação (?) no desvão da escada de acesso ao primeiro piso (1) do edifício de apoio social e formação profissional em Ramalde dos Arquitectos César Machado Moreira e Avelino Oliveira.

Porta interior em "Cubos de Granito"... para conferir (folhear...) na planta da pág. 36 e numa das fotografias da pág. 39 da revista + (mais) arquitectura de Novembro.

Porta interior em Cubos de Granito...

... "I guess I just wasn't made for these times"

segunda-feira, novembro 20, 2006

Ailskaday

Uma pergunta (uma curiosidade...) para a ailskaday, e caso "ande por aí"...
Qual era a pesquisa?

O Nascimento das Cidades

"Quando as cidades nasceram os outros seres humanos eram um bem de que necessitávamos. Hoje são um mal necessário."

Paulo Moura, jornal Público, 19 de Novembro

Divulgação (Onze Artístas)


















Leio no suplemento Mil Folhas do Jornal Público da passada sexta-feira, a publicidade à exposição "Onze Artistas da Colecção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento", que irá decorrer entre 28 de Outubro e 16 de Dezembro, no edifício da AERSET ("antigo Edifício do Banco de Portugal"), em Setúbal.
Se no site da Câmara Municipal (para o qual o anúncio remete) a informação "rareia", no site da FLAD pouco melhor muito obrigado...
(Da página da AERSET... não vale a pena falar.)
Espero vir a visitar a exposição em breve. Estou curioso com o "cartaz" (com a impressionante listas dos artistas expostos...) e também (muito) com o (antigo) edifício do Banco de Portugal.
A divulgação da exposição (e apesar do dito anúncio) é que deixa muito a desejar... "odespois" queixem-se da fraca adesão do público e das audiências das telenovelas...

Ingenuidade

Croqui no talão do multibanco

sábado, novembro 18, 2006

Postais

Corredores alcatifados... no Formiga...
Uma posta chauvinista... no Sardanisca...
Auto-retratos hipnóticos para identidades atormentadas... no Do segredo das artes
A menina dança? no Frioleiras

Salut

Longa vida à discussão do projecto vencedor do concurso para o lote 13 (azar...) da Vila Utopia no JOG (via a-significado).

sexta-feira, novembro 17, 2006

Endogamia (um hiato, uma tensão)

A profissão de arquitecto é, talvez, a que tem o recrutamento mais elitista. "Os arquitectos têm uma base social de recrutamento, do ponto de vista socio-cultural, que é, provavelmente, a mais elevada do país" (...)
Apesar da recente renovação geracional, a profissão tem um grau de "endogamia" - no caso, arquitectos que são filhos ou familiares próximos de arquitectos - superior para qualquer das outras profissões liberais estudadas. Se 25 por cento dos arquitectos têm, pelo menos, um familiar próximo dentro da profissão, só 5 por cento dos licenciados em Direito são filhos de advogados e magistrados e 12 por cento dos licenciados em Medicina são filhos de médicos (...)
Há, dentro da profissão dos arquitectos, não só "dinastias" mas também "clãs" de arquitectos.
"Há uma feminização acentuada da profissão. Um terço são mulheres (...)"
Entre as arquitectas, acrescenta, há mais assalariadas, faz-se menos arquitectura, tem-se projectos menos importantes, ganham-se menos prémios. "Elas são mais inconformadas e renunciam mais depressa ao mito do arquitecto herói."
A esmagadora maioria dos arquitectos, homens e mulheres, faz sobretudo habitação unifamiliar, e a seguir o chamado prédio de habitação, diz Villaverde Cabral. "Uma grande parte só faz isso e acumula com outras actividades. Mais de 50 por cento tem mais do que uma actividade."
Em contrapartida, as grandes encomendas públicas, as grandes encomendas públicas, o dinheiro e glória, estão concentrados num terço."
O investigador do ICS diz que se criou um hiato, uma tensão, entre um grupo altamente motivado e outro que encontra grandes dificuldades de realização profissional com níveis de frustração grande.
A profissão está dividida ao meio (...)
"O acto arquitectónico não está bem definido", diz o sociólogo, acrescentando que os arquitectos sentem uma incapacidade em definir e defender o seu território.

Excertos de "Arquitectos têm recrutamento elitista", Isabel Salema, Público, 17 de Novembro

São as primeiras notícias do "inquérito"... do "inquérito"... do "inquérito"...

quinta-feira, novembro 16, 2006

(Húmida)

























quarta-feira, novembro 15, 2006

45º

Hoje desenhei uma daquelas paredes a 45º (graus), vocês estão a ver o "tipo"...
Uma "diagonal" (a "melhor" diagonal) entre duas paredes perpendiculares...
Uma coisa do arco-da-velha (algo doentia...) e totalmente fora de moda...
(Mal sabia que ainda se desenhavam
que ainda havia à venda, em catálogo...)
Se não tenho cuidado ainda acabo multado...

Monografia

Vida e obra de fulano de tal em meia dúzia de horas.

terça-feira, novembro 14, 2006

alétheia *

"So when Häring became concerned with investigating the notion of truth in St. John's Gospel, I told him about the Greek word for truth: alétheia. His perceptive eye immediately picked up in the middle the root Lethe: it is also the name used by Greek mythology for a river in the underworld whose waters cause those who drink them to forget everything. The world a-léth-eia in its linguistic construction means that truth knows no forgetting."

Reflections on a collaboration, Margot Aschenbrenner, HH, PBJ.

* ... a verdade não conhece o esquecimento.

Borromini (Propaganda Fide)























... apenas para que não fiquem a pensar que odp não é um blog pluralista e aberto a todas e às mais variadas tendências e estilos... uma (outra... e outra) posta sobre o Borromini para postar a seguir à posta sobre o Bernini (& Me).
(Propaganda, propaganda... mas não tanto!)
Já não sei dizer em segurança (em boa verdade já não vos sei dizer) quando e onde terei visto pela primeira vez, fotografias desta obra(-prima), mas, só para não perder o jeito e falar mais uma vez no Robert Venturi, faço, vou fazer de conta, que foi no Complex...
(Nunca mais a larguei... à fotografia do livro... e à obra.)
Reencontro-a agora no A&A (também) a preto-e-branco, em grande forma e mais bela do que nunca...
... mas do que eu vos queria mesmo falar, para o que eu gostaria de chamar a vossa atenção (e caso não o tenham feito já...), é para a quase imposibilidade (para a "suspensão da descrença") do desenho daquelas sedutoras curvas (tão boas que não se acredita...) e para a impossibilidade de "fixar" (de satisfazer), com o olhar, o ponto "G" de tangencia entre os alçados... de chamar a vossa atenção para o ponto (para a linha...) onde acaba a recta e começa a curva.
Pois então reparem (ora voltem lá a olhar para as fotografias com mais atenção sff...) na "assimetria" da composição (na ausência de um eixo de simetria pela "bissectriz"...) e nas diferenças entre as duas pilastra mai-lo respectivo entablamento...
Está tudo nas fotografias...
Arquitectófilo... Êxtase...
St.ª Teresa!

Bernini & Me...


































... em 1991

Percentagens

segunda-feira, novembro 13, 2006

Jenny Wilson

Simpática, sem (grandes) arroubos... às vezes também sabe bem... e para disco de estreia (a solo) não está mesmo nada mal.
Ouve-se (na íntegra e de graça...) aqui.

Estremecimento













Porque há mais cinema em 1, 2, ou qualquer outro número de segundos (ou fracções de segundo) de um filme de Scorsese (mesmo, ou especialmente, num Scorsese "menor"...) do que em muitas cinematografias ou obras completas de muitos outros caramelos...

domingo, novembro 12, 2006

A&A

Uma posta para partilhar o entusiasmo com o achamento deste "motor de busca" do A&A Art & Arquitecture.
Divirtam-se.

Sonhar

Sonhar o pão
Toda a manhã
E ser aquele que mastiga

Sonhar (Sonho da criança-futuro-bandido da favela, na noite de natal), Jogos de Armar, (do compatriota) Tom Zé

Para a Luciana

Isto é que vai uma crise...

sexta-feira, novembro 10, 2006

... e eu não sabia de nada!

A Banca!

O Telejornal da RTP 1 acaba de passar uma reportagem sobre um empresário que decidiu "passar-se" do "Norte" (com maiúsculas) para (ainda mais a norte...) a Corunha.
Os argumentos são conhecidos: a carga fiscal, a burocracia, o "custo de vida" (preço dos combustíveis...), a falta de profissionalismo (atrasos alfandegários...), os "custos" com o empréstimo bancário, que em Espanha é metade do que seria em Portugal... zzzzz (travagem brusca), rebobina...
Das duas uma: ou o "empresário" (impossível) é "vermelho", ou está tudo feito com a "informação" "Socialista" da RTP...
"Os (da aldeia) do (-à-do-)costume" ainda não postaram nada...?

Aquele Abraço

Uma posta para destacar (e recomendar) a "obrigatória" leitura (ai que prazer cumprir este dever...) do artigo de Ana Vaz Milheiro, no Mil Folhas do Público de hoje, sobre as Piscinas (da periferia...) de Barcelona da autoria do Arq. Siza Vieira. Concorda-se (concordo) com (quase) tudo ("... silêncio estratégico sobre esta obra em particular..."? Olhe que não, olhe que não... cara AVM, "odesproposito", postou sobre esta obra ao segundo dia do primeiro mês do presente...). Não há resumo ou citação que valha de grande coisa... Sai a terminação: "Com uma arquitectura que pertence já a uma idade clássica, Siza abraçou a liberdade."

A Sinistra...

... e a Destra.
"Uma mão lava a outra e as duas batem palmas."

Cidades Imaginárias

Gosto dessa ideia de uma residência imaginária...
De dar um corpo (lugar) à imaginação...
Eu habito cidades imaginárias... e às vezes ("caso clínico") chego mesmo a convencer-me que os lugares são como eu os imagino...

Deixa-me adivinhar...

Museu de Arte Popular # 4

DA no DE

quinta-feira, novembro 09, 2006

Perfume

S/ Perfume

Para a misspearls... e para a menir... e para a beluga

"...um problema do foro clínico." # 2

"...um problema do foro clínico." # 1

quarta-feira, novembro 08, 2006

Grunhosfeld

















Down in the sewer
Picking up on a lot of empty Coca Cola cans
And there sure are a lot of them around here.

How did I get down here?
Well it's a long story
I should have stayed down home out on the farm
And kept my tootsies warm
Instead of freezing them off down here.
There's lots of rats down here

You can see the whites of their eyes
They got sharp teeth
Deep breath, and lots of diseases.

People say you shouldn't stay down here too long
Lose your sense of light and dark
Lose your sense of smell.

I'll tell you what I'm gonna do
I'm gonna make love to a water rat or two
And breed a family
And they'll be called the survivors.

You know why?
Because they're gonna survive
I'll see you in the sewer darling
(And don't be late).

Down in the sewer, IV, Rattus Norvegicus, The Stranglers

Declarações da Zezinha














"... como o índio que corre sozinho na selva"

MJNP, Expresso, 4 de Novembro 2006

Para o Formiga

Módulos para Tudo (Ex Linkado)

O Vítor linkou-me
Obrigado Vítor
Um abraço

Bridge Over Troubled Water

esta é que me fazia rir...

Os Melhores Discos de 2006 ("Uncut")

Mais inevitáveis do que as decorações Natalícias... as listas com os melhores discos do ano que se apressa a passar.
Leia-se a lista da Uncut (via sound+vision)
Uma "simpatia"... com os CSS, à frente da fraude...
Dos 50, tenho poucos (quase nenhum...), e quanto ao meu disco favorito de 2006... nem vê-lo...
A "revelação", fica para mais tarde...
Palpites (palpitações) e adivinhas...
... este blog (fiel leitor...) tem caixa de comentários.

The Power...

O vídeo de The Power of Love de Jennifer Rush (certamente, uma das músicas mais pastelosas e pavorosas de toda a história da música, justamente "imortalizada" - enquanto "tal" - por David Lodge no seu Nice Work - Um almoço nunca é de graça...) começa com um plano das torres gémeas do WTC em NY e uma avioneta...
Por um instante, antes da "música" (im-propriamente dita) começar e antes de a reconhecer, dei por mim a pensar no pacto para a não "divulgação" de imagens do atentado de 11/9
São um pouco... (um pouco quê?) estes pactos de não exibição... um pouco censórios... um pouco (muito) complacentes para com os "humores" (as conveniências...) dos poderes que decidem quais são as imagens que se podem, ou não... ver!
Quer(o) dizer, posso até perceber as boas intenções, mas de boas intenções...

Comentários Anónimos

Caro “anonymous
Os comentários anónimos que não sejam especialmente informativos ou espirituosos, revelam-se particularmente parvos e dispensáveis...
Sobre cães e donos, procure em "a barriga de um arquitecto"
"odesproposito", como pode ler na epígrafe, é um blog para burros sem dono.

terça-feira, novembro 07, 2006

Was a Friend # 5

I put my trust in you
I put my trust in you
I put my trust in you
I put my trust in you
In you, in you, in you
Put my trust in you, in you

A Means To An End, Closer, Joy Division

Was a Friend # 4

We all need friends to lean on
Anytime, anyplace, anyhow
Feel free to lean on me
But please don't do it right now
I'm much too busy right now

Hope You Like The New Me, Mock Tudor, Richard Thompson

Was a Friend # 3

This time you hurt me, you really did it this time, you did
Did you count your finguers after shaking my hand, God forbid

Crawl Back (Under My Stone), Mock Tudor, Richard Thompson

Was a Friend # 2

A friendship sadly lost?
Weel, this is true... and yet, it's false

You've Got Everything Now, The Smiths, The Smiths

Was a Friend # 1

Funny kind of greeting, not exactly hostile

Was a Friend, Shleep, Robert Wyatt

domingo, novembro 05, 2006

Little Electric Chair

Fora-do-Tempo

em arquitectura sempre me fizeram muita impressão as coisas "fora-do-tempo"
(nunca consegui gostar da Basílica da Estrela por exemplo)
em arquitectura não existe um tempo (certo ou errado), existem tempos
e tenho aqui ao pé da porta, nas aldeias, e até na Vila (se procurar), "arquitectura popular" de meados do século xx que poderia (mais coisa menos coisa) ter sido construída em qualquer altura das últimas centenas de anos
construções "antigas", mais recente que as modernas vilas de Le Corbusier da década de 20 do século passado...
("estou a gostar de escrever isto..." António)
e não é por isso que gosto menos destas construções despretensiosas, imensamente sofisticadas no seu artesanal saber fazer
Também (ou pelo contrário?) no cinema, na pintura, na música
gosto das coisas "anacrónicas"
uma comédia romântica em 1972... à maneira dos optimistas e ingénuos (e perversos) filmes dos anos 50, anteriores à revolução sexual e à novelle vague
um filme tardio (Marnie... "You Freud, me Jane?"...) de um autor consagrado, a maestria de uma pintura "ultrapassada" pela última moda, pelo último "ismo", o último, o mais recente disco de um músico com uma longa carreira, etc

O "Lugar-comum"

A Coluna da Rita

A Rita, que partilha (que tem em comum) com o Miguel, uma "coluna" no Expresso e a importância de um apelido Earnest, escreveu um apaixonado libelo em defesa do "homem bonito".
Para defender o Miguel da inconcebível acusação de plágio, a Rita resolveu plagiar, perdão "reproduzir sem imaginação", o título do artigo que o próprio escreveu em sua "defesa" (deixou cair o Cyber da "cobardia"...) e plagiar, perdão "reproduzir sem identificação", uma figura de estilo do editorial de JMF do Público de 27 de Outubro, onde este falava no "lado negro da blogosfera".
Sobre as muitas postas em "defesa" do Miguel, ou sobre o aristocrático e pouco democrático desprezo (despeito?) do Miguel, pela blogocoisa, nem uma palavra. O Miguel, foi alvo de uma "tentativa ignóbil de assassinato de carácter" "por um cobarde sem nome", "um invejoso despeitado" do sucesso alheio... da qual, e apesar do "tempo de antena" que tem "na televisão e jornais", "não se pode defender"... Pois...
Pior que a "tentativa de assassinato", só mesmo a "tentativa de suicídio" das declarações do Miguel sobre "os tribunais e as pauladas", sobre a punição dos suspeitos que (cobardemente?) não identifica, e as vulgares generalizações sobre o anónimato na blogosfera.
A prosa da Rita, essa, é do mais fino recorte literário: "É uma espécie de submundo da porcaria, onde se movimentam pegajosos, alguns vermes que retratam a pequenez."
Quem não conheça a blogocoisa, que a "coluna" da Rita é suposto divulgar e criticar... há-de ficar com uma bela ideia dos malfazejos bloguers...
Sem mais: É a "coluna" da Rita.

sábado, novembro 04, 2006

Documental

A Terceira Frente
Moçambique 1964 / 1974
Documentário de Jorge Queiroga
Serviço público na RTP 2

Heterodoxo

E por falar em "causas" e em "debate político", está por aí alguém para me explicar (como se eu fosse uma loira muito às direitas...), porque é que a transformação das prisões em salas de chuto, perdão, porque é que a despenalização (ou legalização?) da troca de seringas nas prisões, é uma causa da(s) esquerda(s)?

Modulo Auto-Suficiente # 6

Museu de Arte Popular # 3 (Oh, não! Mais uma posta sobre uma "causa"...)













"Não é compreensível, à luz do nosso contexto cultural de hoje, nem que se "deite fora", ou reinstale algures o espólio deste objecto construído, nem que se faça outra coisa em lugar do que lá está. As razões para isso, já são do conhecimento público (...)
1 - O significado histórico do edifício, no contexto do lugar (é indissociável do Espelho de Água, do monumento aos Descobrimentos, das esplanadas envolventes) e da sua função (o olhar classificador e paternalista do Estado Novo (...)
2 - A importância arquitectónica do edifício, que é hoje um "facto singular" (...) - raridade na sua solução construtiva, utilizando ferro, madeira e gesso, raridade na sua dimensão estética, procurando conjugar o desenho modernista e geométrico com a forma mais clássica, representativa e neo-historicista, muito "à maneira" de 1940.
Esperemos que o bom senso prevaleça (...)"

José Manuel Fernandes, Olhar para o lado, Actual, Expresso

Garganta Funda

Gostei de ler o crítico (o polícia...) do anónimato na blogocoisa, a elogiar a lição de... Watergate!
A parte final do artigo em que elenca as "maravilhas" da presidência Bush, é de antologia.

Como o cinema era belo















Avanti...

Não há almoços grátis

Não há almoços grátis.
Hum... Amarelos...

quinta-feira, novembro 02, 2006

mumbreeze

Momus

Punk

Do It Yourself

Chapéus

quarta-feira, novembro 01, 2006

A Crítica da Crítica

Regresso ao Mil Folhas do Público da passada sexta-feira para reler o artigo de Ricardo Carvalho sobre a Exposição Habitar Portugal 2003-2005, intitulado "Habitar Portugal mas esporadicamente", antes do papel (jornal) seguir o seu destino na rota da reciclagem.
O "tom" é muito distinto daquele que eu utilizo por aqui (e por aí) para ir pensando (e escrevendo) sobre arquitectura, mas o conteúdo do referido artigo não se afasta muito destas minhas considerações.
Passemos à leitura:
"As obras estão representadas através de fotografias e desenhos, com recurso esporádico a maquetas, numa sucessão de painéis colocados numa calha contínua, ao longo de um corredor. Mas apesar desta estratégia "pedagógica" de comunicação, não existe de facto linearidade alguma naquilo que é representado no que diz respeito ao programa opções conceptuais ou situações de encomenda."
Apesar destas observações sobre os critérios (?) expositivos, o autor do artigo arrisca destacar e agrupar um conjunto de obras por quatros distintas categorias: "O princípio de realidade" (Teatro Municipal da Guarda de Carlos Veloso e Biblioteca de Ílhavo dos ARX); "Questionar as formas reconhecíveis" (Casa em Carreço, Viana do Castelo, de Nuno Grande e Pedro Gadanho, e Unidade de Transformação Inapal Plásticos em Palmela de Francisco Vieira de Campos, Guedes + deCampos Associados); "Trabalhar com o mercado" (Conjunto de Habitação no Parque das Nações do atelier Promontório, e edifícios residenciais na Póvoa de Varzim do Atelier 15) e "Fora da periferia" (Polis Cacém do atelier Risco, e Teatro Azul, em Almada de Manuel Graças Dias, Egas José Vieira e - do "esquecido" - Gonçalo Afonso Dias).
A "selecção", assim arrumada por conjuntos mais ou menos "temáticos" não surpreende (mas também não "estimula" a massa cinzenta...). Limita-se aos habituais equilíbrios diplomáticos "agrada-a-todos", entre os consagrados e os "novíssimos", entre os "ricos" e os "pobres" e entre os "importantes" (os que habitam o discurso da "inteligência"), e os outros.
A "categorização", valendo o (pouco) que vale, também não será das mais produtivas ou "operativas".
Os "realistas" ARX, por exemplo e por preferência pessoal, não "questionam as formas reconhecíveis", ao "trabalhar com o mercado", (dentro) ou "fora da periferia"?
O "inequívoco" (palavra do autor) "princípio da realidade", identificado com a "atenção ao contexto e ao programa" não se verifica, também, na (ir)reconhecível (?) Casa de Carreço, ou no "periférico" Teatro Azul?
O Polis Cacém, ou o Conjunto de Habitação no Parque das Nações, não partilham do "principio da realidade"?
Sobre a casa de Carreço, afirma o autor:
"NG e PG (...) enveredam por caminhos na senda de uma plasticidade mais evidente e aberta, embora o interior da casa seja claramente o resultado de arquitectos formados pela Escola do Porto."
"... plasticidade mais evidente e aberta..." Plasticidade (?) mais evidente (?) e aberta (?) do que o quê!? Do que os "realistas" Carlos Veloso e ARX? Do que o "periférico" MGD+EJV(+GAD), do que os outros "mercadores"... E a formação dos autores pela "Escola do Porto", enquanto "chave-de-leitura" do interior (só do interior?) da casa, não foi chão que já deu uvas?