segunda-feira, julho 31, 2006

Telhas


















Dos arquivos de AM, um (outro) D.J. (desenho de juventude), com umas telhas pintadas... :)

Classical Architecture

Children of happier times might find, in the obsessive efforts of classicism to align, partition, measure, relate, and finish, a discipline of the mind. They might discover in these countless redefinitions of the game of interspacing and termination, superimposition and repetition, an imperative to generate a work free of contradiction.
Perhaps they will recognize in classicism a thinking that struggles for consistently and completeness. They might see in this imperative for order and rationality a quest in the domain of thinking – but also what Thomas Mann (1957) called “the highly cherished idea of a reflected humanity”.

Classical Architecture, The Poetics of Order, Alexander Tzonis and Liane Lefaivre

Magnum opus

O Louvor

domingo, julho 30, 2006

Wait For Me...

"Miguel, no "pocket trumpet", faz-se acompanhar de Fala Mariam, em trombone alto; de Rafael Toral, em ondas sinusoidais tratadas, feedback de amplificador portátil e ruído branco modulado; e de César Burago, em temporizadores de vária estirpe, de percussões à base de sementes, a um tamborim, a "dead radios" (rádios sintonizados numa nuvem de estática)."
(...)
Que a história chegará a Sei Miguel, não há dúvidas. Que nós lhe cheguemos no seu tempo, em número condizente do feito, é uma questão cuja resolução é de total urgência."

Crítica de Pedro Gomes na Y do Público da passada sexta-feira, a The Tone Gardens de Sei Miguel, classificado com 10/10 (dez em dez).

Wild Is The Wind

Gostei de ouvir a versão de Cat Power (até amanhã, no DB, camaradas...) para "Wild Is The Wind" de Dimitri Tiomki e Ned Washington, que conhecia do Station To Station do David Bowie.

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

Tomar ou Não Tomar Partido, A Chantagem Moral

"Como se pudesse haver equivalência moral e política entre sistemas democráticos e totalitários"
É impressão minha, que não percebo muito disto, ou a "democracia", imperfeita como só ela sabe ser, até vigora em Israel, no Líbano e na Palestina, com governos democraticamente eleitos em eleições livres?
O que está em causa, salvo melhor opinião, que não faltarão, não é um conflito entre a "legitimidade democrática" e "a pura lógica do terror", que é praticada pelos "dois lados", e que todos (?) condenamos, mas um conflito “politico por outros meios”, pelo direito do Estado de Israel (e já agora da Palestina, se não se importam…) a existir.
A tese da "equidistância moral" à "lá Pacheco", também não cola. Não há comparação possível com a guerra civil… civil, percebem... de Espanha.
Muito eu gostaria de ter assistido aos alistamentos maciços na causa (“esquerdista”) da República, da nossa “direitinha”… olha para ela tão confortável... agora sentada ao computador, a largar postas (como bombas) nos blogs, e a “toma partido” por Israel!
Sinto-me um cobarde, na minha “equidistância”, ao vosso largo (nos vossos charcos), bravos guerreiros!
Que deus, que os deuses deles todos, me livrem da chantagem moral de ter que optar pelo "mal menor".

Poema em Linha Recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedindo emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ô príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fernando Pessoa

Ricardo de Araújo Pereira

A não perder sob nenhum pretexto, a leitura das (várias) postas de RAP, dos Gatos Fedorentos (novo Link), sobre sua sumidade Blog-o-esférica - JPP himself - com passagens por Oscar Wilde (em epígrafe), e pelo Poema em Linha Recta de Fernando Pessoa, que já esteve para dar à costa, como posta, neste blog.
Quem sabe (escrever, e representar, e fazer rir...) sabe, e o resto são despropósitos.

Derrapagens

E alguém, de entre os prováveis leitores, é capaz de me explicar, como no anúncio... como é que a Ordem vai contribuir para o "levantamento de situações-tipo que dão origem a derrapagens de custo"* nas obras públicas?

*

sábado, julho 29, 2006

O Aval ou O Apreço Às Preciosas Apreciações

"Capucho aceita torre de 100 metros em Cascais"
"O projecto (...) ainda não foi apreciado pela Câmara, mas já conta com o aval pessoal de Capucho."

Expresso, 29 de Julho

Absolutamente Referênciais (?)

Ainda no mesmo jornal (ver posta anterior), notícia para a proposta de classificação como monumento nacional, da Casa de Chá da Boa Nova e das Piscinas de Marés do Siza Vieira, e da Igreja do Sagrado Coração de Jesus do Teotónio Pereira e Nuno Portas.
Para Elísio Summavielle, "A classificação justifica-se em pleno, porque estes três monumentos, a que se junta a Fundação Gulbenkian, são absolutamente referênciais para a arquitectura portuguesa do século XX".

Arquitectura PIN

Segundo notícia de ontem do Público, o aldeamento do Bom Sucesso foi reconhecido por despacho oficial da DGT, como turismo de cinco estrelas, devido "a excelência de um conceito inovador, único no panorama internacional. A arquitectura enquanto elemento de valorização, o vasto leque de equipamentos e serviços, o baixo índice de ocupação do solo e o urbanismo cuidado (...)".
À excepção das "baixas densidades", que me merecem as maiores das reservas (mas isso seria assunto para outras postas...) não posso senão deixar de apoiar o reconhecimento da arquitectura=valorização e do "urbanismo cuidado" devidamente "equipado".
O que já me custa mais a reconhecer, ou a compreender, é que o mesmo estado, que através de despachos do seus organismo oficiais premeia o cuidado da arquitectura cuidada, não cuide de premiar os autores dos projectos, deixando arrastar em "iniciativas legislativas de cidadãos" de duvidosa eficácia, o reconhecimento do valor da arquitectura de arquitectos...
Arquitectura, projecto de potencial interesse nacional, ou arquitectura ao serviço dos (legítimos) interesses dos promotores?
Arquitectura PIN?
Ora... propaganda!

sexta-feira, julho 28, 2006

O Mercado das Artes

A arquitectura compete com a música... pelo domínio do tempo,
A arquitectura compete com a literatura... pelo domínio do discurso,
A arquitectura compete com a escultura... pelo domínio da matéria,
A arquitectura compete com a pintura... pelo domínio do espaço,
A arquitectura compete com a dança... pelo domínio do corpo,
A arquitectura compete... e perde.

Memorabilia


















Alguns destaques...
Para o quase improviso dos Gaiteiros, em simulação de falso arranque... na "música do judas"...
A tolerância do excelente trio de músicos à falta de educação do "respeitável" público... Há gajos que são tão engraçados, que não sei porque é que não vão para o circo...
O memorável e "triturador" início do concerto de encerramento com a entrada dos músicos no palco, e dos músicos na música... e a lição de Kora pelo Mestre Toumani Diabaté.

quinta-feira, julho 27, 2006

Cruz & Ortiz

... ao olhar para o esquiço lá de baixo, "alembrei-me" do "Rim" sevilhano das "Viviendas Maria Coronel" da autoria dos homónimos Cruz & Ortiz. Fui pesquisar, para rever, e não é que a brincar... ao brincar, na net, encontro, operacional, o Site dos Senhoritos. Uma das produções arquitectónicas contemporaneas mais coesas e gratificantes dos tempos que correm. São espanhois, sevilhanos, e duplamente (que dupla) periféricos.
Passem-se por lá!

"Versões Eruditas"

duchamp, caros jog-istas,
Daqui o intruja :)
Estou a ver que valeu a pena a provocação com as "versões eruditas", porque "curti" (que horror!) os vossos posteriores comentários.
Mas a questão mantêm-se.
O que é que são "versões eruditas"?
São eruditas porque são mais "cultas", "mais informadas"?
Estas classificações são um pouco "escorregadias"... não lhes parece?
A música Pop popular, passe a redundância, não é, não pode ser, erudita?
Hoje podemos ler a letra e ouvir a musica Eleanor Rigby, no Revolver dos Beatles, como música popular ou erudita, tanto faz...
Se é que me faço entender…

As Orbitas Vulcânicas ou A Oxigenação dos Neurónios*














Centro de Visitantes da Gruta das Torres, Pico, Açores
Arq.tos Inês Vieira da Silva, Miguel Vieira, e agora também do Blogarquitecto (quieto), "odesproposito" :)
Não é um "texto crítico"... é um desenho crítico :)
Descubra as diferenças ao consultar o "original" na Revista Arquitectura e Vida N.º 73, e elabore, sob a forma de mapa mental, a sua própria crítica.
Para qualquer observação, por favor utilizar a caixa de esmolas dos comentários.

Um Azar do Car****!

Escreve-se por aí, com espanto e admiração... 10 mil funcionários (números redondos...), 230 (?) assessores, e ninguém, do Presidente Sorriso Car(a-de-)mona-Lisa, à Vereadora Gabriela Seara (do pelouro) do Urbanismo, sem esquecer o Vice Fontão, que aguarda, pia e pacientemente, parecer dos serviços à mais de dois meses... ninguém "sabe de nada", ninguém é capaz de explicar o "estranho caso da licença desaparecida" e das trocas com as bal-brocas dos imóveis.
Ora, eu tenho cá para mim, que o único que sabia qualquer coisa sobre esta história do alvará, já deve ter ido parar ao quadro de supranumerários... ou então (do mal o menos), está na obra, a fazer... cimento.
De qualquer maneira, a culpa, e isto para poupar a cegonha, que está a banhos (em Paris?), é do trolha ucraniano, que não percebeu a importância da afixação do aviso…
Como o azar, nunca se vêm só, a culpa não pode ser do Car****!

quarta-feira, julho 26, 2006

Marina(R)

Sempre há sujeitos com falta de (su)jeito para “negociar” uma bela marina! Veja-se a marina, perdão, o porto de recreio, na pontinha... da península, de Tróia...

Comentário a esta posta do Dolo Eventual.
(Também no Dolo Eventual, e a não perder, o "sightseeing" em Miragaia...)

Guerras de Palavras

Hezbollah?
Hizbullah?
Palavra (?)
... de Deus!
Começou a guerra dos inteligentes...

terça-feira, julho 25, 2006

Optimista

... se a depressão não te larga, larga-a tu!

Há Festa na Aldeia













Uma pequena obra para a reconstrução de um anexo à "casa mãe", num daqueles projectos (gratuitos) para a família, literalmente resgatado às garras do (terrível) "projectista"... fotografada por alturas da sua conclusão, no ano de 2001. As telhas (marselha) coladas e pintadas na empena, podem dizer que são um ornamento. Pertenciam à "casa velha" (demolida), e escaparam, em percursora atitude ecológica, ao vazadouro. Poupou-se no transporte, poupou-se no lixo... e enfeitou-se, em festiva celebração da luz e das sombras alentejanas, o raio da coisa. O soco, alinhou-se pela soleira da porta principal (que o não é...) e pintou-se de vermelho, na cor das telhas, para evitar a salganhada cromática, das barras azuis e amarelas... mas em frontal desacordo com as cores da vizinhança... As janelas emagreceram, perderam a quadratura (que besta!) do "engenheiro", e pelo caminho, as banais molduras pseudo-típicas. Os caixilhos (e os vulgares estores), em alumínio branco (algum problema... ou queres pagar tu?), bem... "quase" que não se dá por eles. Os peitoris, também são vermelhos, de tijoleira, e da baratucha. E é a casa mais bonita da rua, afirmo eu (levo muito a peito...) que sou (o) sujeito, suspeito. Habito-a (de visita...), como se não fosse obra minha... o que é bom. Popular? Quem?

Progresso

Legal...

DL 555/99; DL 177/01; DL 168/97; DL 139/99; DL 38/97; Portaria 1063/97; DL 123/97...

Legal... Projecto legal. Uma posta com sotaque!

IAPXX (nota positiva e nota negativa)

Duas observações sobre o IAPXX.
... e porque não, se ele (o ínquérito) está - como o outro - por aí...
A primeira observação, positiva, para a inclusão de "arquitectura industrial". Já por aqui postei sobre a Fabrica da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, em Vialonga, mas é com muito prazer que reencontro algumas construções que sempre me fascinaram, como o edifício da EPAC ou o "Matodouro Oficial", no (mesmo) concelho de VFX.
A segunda observação, negativa, para a não inclusão de alguma arquitectura "pós-moderna" edificada nas últimas decadas do século, que constato ao "pesquisar" o concelho de Grândola, e que julgo consequência das "insuficiências" do trabalho (de campo) para a recolha dos "espécimes", conforme "hip-ó-tese" anteriormente avançada... nesta posta.

(Falta imagem...)

segunda-feira, julho 24, 2006

Housing Prototypes

Para os que eventualmente ainda não conheçam...
Housing Prototypes.

domingo, julho 23, 2006

Omo (politico mais técnico não há)

Acredita, Acredita... homem de pouca fé...
... ou, pelo contrário, de como a fé do Carmona, no tamanho (curto) da memória... lava mais branco, o episódio dos Boys, perdão, dos assessores!

(Aliás, a ideia da "aparição", e das "surpreendidas" declarações do "politico mais técnico não há" só poderão ter germinado numa dessas cabecinhas assessadas!)

"Escola do Porto"

"Sob a sombra de sucessos alheios, amontoam-se gerações de alunos que experimentam de forma muito pouco poética a realidade profissional."

Luís Gama Pereira

TGV (o blog)

Como estavam em mudanças "a procurar um novo dono", estive um tempo sem voltar.
Gostei da posta mas especialmente do título :)
... e já que estamos a falar da "inoperabilidade do espaço abstracto no contexto do litoral alentejano", sugiro - no boneco - a troca do cromo do kualhas pelo cromo do Aires... :)

O Estado, O Jornalismo e A Anedota

"Como é hábito no CDS, Telmo Correia, vice-presidente da Assembleia da República, e Nuno Melo, Líder parlamentar democrata-cristão, chegaram atrasados ao Palácio de Belém. Quando entraram na sala do Conselho de Estado, já os restantes convidados estavam em "amena cavaqueira", enquanto consumiam os austeros aperitivos: gin tónico e sumo de laranja. Os dois não conseguiram evitar a cara de espanto quando olharam para Luís Fazenda, o líder da bancada do BE, que, excepcionalmente, tinha posto a sua melhor gravata."

Expresso, 22 de Julho de 2006

Comentários? Para quê!?
Dos atrasos "habituais" aos "amenos" trocadilhos de fino recorte literário, sem esquecer os "austeros aperitivos" ou o ranking das gravatas do deputado Fazenda...
É o estado do jornalismo anedota, no jornalismo do estado anedota.

The Hype (don't believe the hype)

TV on the radio
... e para ouvir na 4AD

STAL

Empresas Municipais...

Uma boa e uma notícia.
Assunto para acompanhar... para ver como é que o polvo acaba (tenro), cozinhado, na panela!
Em reposição, e para os menos familiarizados com estes assuntos, Link-Memória, para a posta A Cu Mula São No Bar Zim

Regime Jurídico do Sector Empresarial Local

Verdade ou Consequência

Ó tu do True.
Discente, docente (dolente?)
D-Lent, ou Dr. Lente... tanto me faz.
Ganha coragem e sai do armário... do anónimato, que aqui n' odesproposito não se faz mal a uma mosca.
Sobre as limitações (e as muitas virtudes) dos Blogs, escrevi eu.
Sobre as muitas limitações (e algumas virtudes) do ensino academico... escreve tu.
Arquitectura católica a caminho de Viseu?
Credo!

sexta-feira, julho 21, 2006

Quantidades sem Qualidades

Por estes dias... pouco mais faço que "ciceronar" (?), ao local do crime, os eventuais concorrentes à... missão. Aos desenhos, em que tanto (pelo menos tempo...) investimos, pouco ligam. Muitas vezes não os trazem, e outras vezes - desconfio... - nem sequer os viram. Medições, orçamentos, mapas de quantidades (agora já estão a falar a língua deles...), vocábulos para as quantidades sem qualidades, e com tudo devidamente esclarecido e "esmiufrado"... às postas... em artigos. Sobre as construções existentes, o olhar analítico, dos falcões... e dos cifrões. Para o meu latim, em introdução às peripécias da história, e também às peripécias da(s) história(s) do projecto... orelhas mocas. Quero (querem) lá saber! Para qualquer hesitação ou delonga (alguma indecisão ou o desejo, manifesto, de continuar, em obra, o projecto...), pouca tolerância... que Time and Space (and Arq...) is Money! Não é Sr. Arquitecto? Acompanha-nos numa "aguinha"? Obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado a todos... A arquitectura agradece.

Big Show... Arquitectura

Conselho aos Estudantes

A despropósito de um comentário anónimo...

Aos eventuais estudantes de arquitectura que visitam este blog, e se me permitem um conselho bem intencionado e nada paternalista... deixem-se "disto", deixem-se de blogs, vão estudar, vão desenhar, vão viajar para estudar e desenhar. E vão ler livros. O pouco prazer e quase nenhum saber que por aqui se encontra, não merece o desperdício do vosso tempo, da vossa preciosa "juventude". Contra mim, contra a contagem do Sitemeter, contra algum reconhecimento pelo esforçado trabalho, escrevo. Enquanto passam, que sejam bem vindos, mas não digam depois, que ninguém os avisou.

quinta-feira, julho 20, 2006

Arquitecturas da Guerra # 1

A Gruta (uma posta de charme)

Múltiplos de 61

quarta-feira, julho 19, 2006

Buster Keaton


Micro Homes (living with less...)

Micro Homes, linha módulo... vocês sabem... ou,
Apartment Therapy (Apartamentoterapia?), "trendy" e todos pipis...
Luxo sem espaço, Existenzminimum... para o novo proletariado eco-urbano!?

"(...) the key to sustainability is living with less every day. (...) they are working within existing parameters and had a harder time, but we could live there happily."

Ah bom, "la promesse du bonheur"...
... ao que isto chegou...

Treehugger

Posta divulgação, para o Treehugger, um sítio sobre a cor do futuro... com secção para a categoria (que categoria) que mais "nos" interessa e com muitos e muitos links para navegar à descoberta...

We Do What We're Told milgram's 37 *















* So, Peter Gabriel

Obedient to the end

"Sportstuga"

... the minimal country cabin for weekends in the outdoors.

Idem, idem...

The Court

The court acts on the public's behalf, and can only operate as long as the majority retain confidence in it.

Fonte

terça-feira, julho 18, 2006

Crawford Manor Revenge














After being seriously hurt in the battle of Las Vegas, Paul Rudolph is back… from the dead…
Late Modern Abstract Expressionism sort of messiah is alive… and kicking… asses!
Learning from Crawford Manor?
A vingança serve-se fria?
A luta continua!
Aqui.

Roddy Frame

Depois de Surf, o magnífico álbum para "voz e guitarra" de 2002, o regresso de Roddy Frame, com o não menos apreciável, Western Skies. Para os envelhecidos em cascos de carvalho dos gloriosos "eighties", ao som dos Aztec Camera.

A reacção não passará!

Onde Está Wally

?

segunda-feira, julho 17, 2006

Concursos

De vez em quando esta questão dos concursos vem à baila, envolvida em confusas discussões e muitos argumentos contraditórios, que têm como "virtude" deixar tudo na mesma... na mão de uns tantos, que assim vão adiando a (inevitável?) tomada de poder pelos jovens turcos... da "jovem classe".
Nestes, como em outros assuntos, porque é que não nos limitamos a copiar o que (de melhor) se faz "lá por fora"?

Comentário a esta posta do David Afonso

Mahwash and Ensemble Kaboul










... e já agora, um saltinho até ao Afeganistão, para ouvir, com sentida emoção, a música que os Talibans não queriam que se ouvisse...

Lila Downs













Em antevisão (anteaudição?) dos concertos do dia 18 na Casa da Música e do dia 19 na Aula Magna, regresso ao ano de 2003 para ouvir... La Niña, Lila Downs.

Os Jotas

sábado, julho 15, 2006

Última Estação Pateta

Em verdade vós digo... que entre a "cobertura noticiosa" do casamento do Nuno Gomes, com a velha desdentada (?) e a criança a segurar no microfone (grh!!!) para entrevistar as vedetas convidadas à boda, que, electrónica e gentilmente, acediam a "baixar" o vidro das suas possantes máquinas automobilísticas... entre "isso", dizia eu, e a progressista "reportagem" sobre a viagem de comboio para os Algarves da Família Real acompanhados pela Infanta Princesa Patrícia, não saberia escolher... ainda que fosse só da "estação"... pateta!

FMM Sines

Festival Músicas do Mundo, com muitos e muitos links para ajudar à navegação ou à escolha.
Pela minha parte, "agendo" o Toumani Diabaté, para quinta-feira dia 27, mas o melhor é mesmo partir à descoberta...

Corte de Cabelo

Sê cego
sê breve
sê leve

Sê meu guia espiritual
corta-me o cabelo

Letra de Regina Guimarães para, Guia Espiritual, Três Tristes Tigres

Posta de fim-de-semana dedicada aos apreciadores da "música" dos imberbes "carinhas-larocas" que por aí pululam, com a pilosidade facial removida (por depilação?) das pálidas bochechas gordurosas, e com os cabelos oleosos ensebados por cosméticos de marca, com que simulam o vício do visual (Cocaína Chic) e a pose marginal do inadaptado (à higiene?) em jeito pós-Kurt ou tardo-Cobain... e tantos que eles são.

Academia de Mendrisio

"É a escola ideal. (...) É uma escola eco-cidade" num local "onde só há, além da escola, um hospital psiquiátrico". Mas desconfia-se que nem com Las Vegas ao pé, os alunos mudariam os hábitos.

A.H. (?), "Ensino, Diversidade na Globalização", Manuel Aires Mateus, Arquitectos, 162, Julho de 2006.

sexta-feira, julho 14, 2006

... acentuado arrefecimento nocturno

Beirute

"Acredita, amigo", disse ela, "esta não é a cidade em que cresceste." É verdade que o velho Midwest suburbano acabou. Devia ter-lhe dito: "A cidade modelo, hoje em dia, é provavelmente Beirute, se procurarmos o que é autenticamente contemporâneo."

Saul Bellow, Morrem mais de mágoa ( More die of heartbreak), 1987...

La Ahada Yalam (No-One Knows)












Cuckooland, Robert Wyatt

quinta-feira, julho 13, 2006

Life During Wartime *

Portugal... "o estado da nação"... Israel, a Palestina... os bombardeamentos no Líbano (e eu não sei porquê, eu não sei nada sobre o Líbano - damascus? - mas eu gosto do Líbano...), eu sei, "it's serious", "I know - it's really serious"... mas o médio oriente... o médio (reforço?)... oriente-se! Eu sei... "as vítimas cívis"... o habitual cortejo dos horrores das guerras, e o exercício das democracias "musculadas"... mas também das "débeis"... eu sei... eu não sei nada. Especialistas em teatros de guerra, especiarias (alecrim e manjerona)... cortes-de-cabelo? I changed by hairstyle, so many times now, I don't know what I look like!
(...)

* Fear of Music, Talking Heads

Flying House

quarta-feira, julho 12, 2006

Breve História da Traição

I attended the Brussels congress as representative of the Ring. As such I had precise directives. The leaders of the congress - Giedion and Gropius (!) - did not accept this, and Gropius stabbed the Ring in the back, for he put up Marcel Brauer for election as representative of a German group, and thus eliminated me. This amounted to refusing to recognise the Ring as the German contingent of CIAM, and initiating another group instead. Gropius had earlier expressed the wish that Marcel Breuer should be accepted into the Ring, but an objection had been raised. Gropius believed that this objection originated with me, which was true, but I had made it clear that I was willing to withdraw my objection if I turned out to be the only one to object. I was not alone, but I refused to tell Gropius who the other were.
From the Brussels meeting you might gather that Gropius saw more value in the bid for international glory than in the continuation of the Ring, and in fact Gropius's action started the break-up of the Ring. This should clarify the action of Gropius and Giedion against myself in connection with the Ring.
In the wake of this power struggle, which incidentally outraged both Moser and Van de Velde, I expressed my personal lack of interest in being menber of CIAM, for reasons which should be perfectly clear - and I should perhaps remind you that I was never personally a member of CIAM in the first place. It is thus hardly appropriate to talk of one being thrown out under protest. It was much more the case that Gropius and Giedion trew out the Ring as represented by me. And they certainly had their reasons. For the campaign of the Ring, which incidentally had give the first impetus to the international congresses, was directly opposed to the autocratic manner of Giedon, who wished to promote only the line of Corbusier, and to eliminate the alternative position of the Ring.

Hugo Häring, "in a letter to Richard Döcker of 1948", conforme tradução de Peter Blundel Jones in Hugo Häring...

...alhada ou O Estatuto do Bogalho













Havia outras... mas escolhi esta.
A preto e branco... sempre é mais "francês"!
Não há espectáculo... como o do debate ideológico!

Boys (will be boys)

100 no Correio da Manhã,
193 na TSF,
Zangam-se as comadres... no Blasfémias

Vermeer XXIX

Rapariga de Biquíni no Barbeque.

terça-feira, julho 11, 2006

"Songs And Other Things"

Tom Verlaine, Thrill Jockey Records

... para os maiores de trinta e qualquer coisa...

Forma e Conteúdo

Design certainly can be a battle-ground between different forms of order, and struggles certainly do take place between form and content.

Link e posta em reposição...

Abstração e Empatia

In an influential book published in 1908, Wilhelm Worringer suggested that there were two kinds of aesthetic goal in architecture: abstraction and empathy.

Link

O Coração da Cidade de Lisboa













"Manuel Salgado, depois de deixar a sua impressão digital no Expo-98, volta a estar no centro das atenções com as suas ideias para uma área da cidade que considera estar "com o coração muito fraquinho." (...) Na zona do Terreiro do Paço, Manuel Salgado afirma existir uma área de 150 mil metros quadrados ainda para urbanizar."

Mário de Carvalho, Expresso, 24 de Julho

150 mil metros quadrados...??? Ai o meu pobre coração...

Desenho de Manuel Lacerda
Lisboa Revisitada 4 - Uma ironia sobre a cidade (1984)
24 x 32 cm
tinta da China e lápis de cor s/ papel
in Arquitectura Portuguesa, 8, 1986

segunda-feira, julho 10, 2006

O Coração de Setúbal. "Amacord"













"Todas as mudanças são polémicas e esta também vai, com certeza, levantar discordâncias". A circulação automóvel, que actualmente se faz em torno da placa central da avenida, vai passar a ser feita pela via sul, que passa em frente ao Fórum Luísa Todi, e pela zona ribeirinha. A faixa norte, que passa junto à praça de Bocage, deixa de ser utilizada pelos automóveis para servir de ligação entre a Baixa comercial e a placa central da avenida. Fonseca Pereira confia na eficácia desta proposta de Manuel Salgado, por considerar que "o coração histórico de Setúbal ganha, desta forma, uma área de lazer como poucas cidades têm."

Obras no "coração" do Polis de Setúbal arrancam até final do ano, Cláudia Veloso, Público local de 23 de Junho de 2006

Outro "must" das intervenções em centros históricos, tradicionais ou tão somente em "tecidos" consolidados das cidades, é o "desvio" do trânsito, do género tira daqui e passa para ali, conforme acima descrito. Particularmente odiadas (Inês 2006) parecem ser as pobres das placas centrais ajardinadas. Deste vez calhou à minha Tubal... O projecto (assinatura) é de Manuel Salgado que está para os Planos Polis (e outros planos) como o Terror Total esteve para os estádios do Euro... Mas se o Fonseca Pereira confia... confiemos nós também!

Na "avenida" Luísa Todi, "apenas vi do dia a luz brilhante"*, e o cheiro a pão fresco, e a pura felicidade infantil a caminho da(s) praia(s) da serra... à noite os passeios, nos passeios quentes, das quentes noites do (antigo) Agosto Português... um dia por outro uma visita à feira tradicional anual, que agora, com a vergonha que a burguesia e os seus representantes eleitos têm dos pobres ou dos "populares", foi recambiada para a... "periferia" (pintada de cor-de-rosa...). Nunca mais lá fui. Às vezes por puro acaso, um concerto "filarmónico" no coreto, ou então um filme com a Olivia Newton John a dançar... em patins... (Xanadu... Amacord) no Cinema Luísa Todi. Recentemente, com menos assiduidade, apreciei os novos restaurantes com esplanadas nos generosos passeios. Sem carros, sem estacionamento à frente, o que lhes irá acontecer? A opinião destes comerciantes (e a de muitas outras pessoas que só existem na minha memória ou imaginação...) é que eu gostava de conhecer, é que eu gostava de ter lido na notícia... As "crenças" do Fonseca, passava bem sem elas.

* Bocage

Irving Gill

As Novidades Genuínas dos Comportamentos Interactivos


















Football Hall of Fame, 1967...

"A exploração de comportamentos interactivos na própria manifestação do edifício arquitectónico parece ser uma das novidades genuínas da integração de tecnologias digitais em arquitectura."

José Pedro Sousa, Arquitectura e Vida, 72

Projecto Islâmico

Obrigado

sexta-feira, julho 07, 2006

Plano Portugal Logístico

PPL. Leituras com muitas curiosidades...

... dos atrasos ("com a consciência tranquila") na apresentação dos planos, à ausência da plataforma agora (hoje) anunciada (pelo Trocas-te) para a Castanheira do Ribatejo...

"Uma última observação, neste caso relativamente ao seu impacte no ordenamento do território: Portugal dispõe de capacidade excedentária em logística e armazenagem ligadas ao subsistema de distribuição e consumo. Este subsistema, muito pressionado pela procura, assenta em infra-estruturas logísticas detidas por operadores de base rodoviária, que se concentram próximo das grandes áreas de procura (as Áreas Metropolitanas), em localizações determinadas pelo custo do solo e pela acessibilidade aos grandes eixos rodoviários de penetração. Por ausência de regulação e de promoção pública de espaços vocacionados para esta actividade logística, estes operadores estabeleceram-se em áreas desqualificadas (ou que desqualificaram) servidas por redes viárias locais, desarticuladas e saturadas.
A requalificação e reordenamento destes «baldios logísticos» tornam-se urgentes, para se evitarem perdas de produtividade no sistema e danos no ambiente e no ordenamento do território."

Requalificação dos baldios logísticos, nas áreas metropolitanas com procura e acessibilidades...
Estão a ver o filme?

O que nos vale é que "Nós somos o centro do Atlântico, e não a periferia da Europa", senão pintavam-nos de preto...

quinta-feira, julho 06, 2006

Duas Casas de Frank O Gehry
















FOG, para os amigos. Em duas casa. A primeira o Danziger Studio em Hollywood, California, de 1965. A segunda, a mais conhecida FOG "residence" em Santa Monica, California, de 1978. Duas casas. A primeira "anti" contexto", a segunda "pró" contexto, ou seja, e respectivamente, "contra" e "a favor" da "banalidade da periferia", que está (como sabemos, e se não de outras fontes, ao menos dos canónicos evangelhos Kualhas...) em todo o lado... que está no meio de nós, Amem!
Recordo uma entrevista, ao próprio, com esta "tese", onde se confessava, "desgostoso", com a primeira "atitude" (ou será que devo escrever "ideologia"...).
Os resultados são conhecidos... e foram perseguidos por muitos outros, de muitas e diversas maneiras: Venturi, Manuel Vicente... e chega de nomes :)
Mas, agora, graças aos naturais ciclos da moda (das mini-saias...), saíram-me cá uns duques... a pintar a periferia... e logo de preto!
"Pintar a periferia de preto", ou pintar a arquitectura das cores (no plural) das nossas (no plural) "periferias".
Você decide...

Yellow, Black and Rectangular

Branco, Preto e Laranja

"É um projecto feito de dentro para fora, que optou por "negar a banalidade da periferia", diz o arquitecto (Pedro Gadanho), pintando esses edifícios herdados integralmente de preto e revestindo mesmo os vidros com uma película escura. "O preto serve para uniformizar", mas, ao mesmo tempo, dá origem "a um objecto mais abstracto e destacado por negação", uma vez que os edifícios da periferia "estão sempre a chamar a atenção pelas cores.
(...)
Os espaços de exposição são brancos, podem ser alterados, os outros são pretos e mais estáveis", diz Pedro Machado Costa, do Atelier de Santos, acrescentando que os espaços de circulação ou transição são vermelhos, laranjas ou cinzento.
(...)
Depois de uma entrada pintada de negro, chega-se ao grande hall branco - a maior sala expositiva da fundação, com 480 metros quadrados.
(...)
No primeiro andar, uma das salas de exposição já foi baptizada como sala Kubrick..."

"Pintar a Periferia de Preto", Isabel Salema, Público, 23 de Junho de 2006

Michael

"Eu sei que sou preto"

Um Quadro da Afro-Americana Kara Walker














"Numa sala em que o branco fere a vista há recortes minuciosos feitos em cartolina negra: um quadro da afro-americana Kara Walker sobre a escravatura no século XIX."

Vanessa Rato, "Fundação Ellipse mostra colecção pela primeira vez", Público 23 de Junho, 2006

... parece que é uma das mais importante colecções de arte contemporânea do mundo, e as imagens seduzem, mas as armadilhas à volta do valor da natureza identitária dos artistas na apreciação da arte, deixam-me sempre, com os dois pés atrás... chamem-me antiquado, cota (ou "old-fashion sport", se mantiverem um blog internacional...), mas eu revejo-me no "apagão" do obreiro, para melhor serviço à "respiração" da obra, como nos melhores tintos... o que, parecendo que não, e ao fim e ao cabo, têm tudo a ver. Eu sei... "It's hard to find folks who can simply let the song speak through them"... mas, talvez com um copito...
... ou seja, e escrevendo a mesma coisa mas por outras palavras, que este cada vez que mija, muda - não de ideias - mas de "estilo"... eu NÃO quero saber se a kara é afro-americana, lesbica ou mãe solteira, não quero que esse "saber", interfira com o meu juízo (estético) das obras. Eu NÃO quero saber nada sobre a religiosidade do Siza, para pensar, o que é que hei-de meditar, sobre a igreja do Marco de Canavezes. Poderia continuar com os exemplos... mas explicado está, e postado vai!

A Ideologia Estética de Frederico Valsassina

"A escolha dos arquitectos para as parcerias obedece sempre a uma escolha criteriosa, nomeadamente ao nível da "ideologia estética".
O atelier tem uma imagem e em princípio vem para cá trabalhar quem se identifica com os valores que defendemos, que pensa a arquitectura da mesma forma que nós", sublinha o arquitecto."

Rui Pedro Lopes, Público, Imobiliário, 16 de Junho 2006

... e nos sabemos quem é que eles são, não sabemos... Mister "agenda formal e conceptual" himself, aliás, devidamente identificado, no artigo. Uma vez, aqui há muito tempo... no tempo em que os animais falavam (uns com os outros), tentou um colega, ao telefone, "espremer-me" com a mesma ideia. Dizia, o ilustre, que ao fim de algum (pouco) tempo, já todos eles (e elas), lá pelo ("seu") serviço, pensavam da mesma maneira. Fosga-se, dasse... pior que uma lavagem ao cérebro... pior que uma lobotomia.
Mas a posta não é sobre nada disso... dasse! É sobre a "ideologia", disse! E para isso, nada melhor do que "definir a linha de trabalho e as opções estilísticas de um arquitecto (que) é sempre uma tarefa difícil. No caso de Frederico Valsassina, a simplicidade, a utilização de poucos materiais e o uso de linhas rectas são características que identificam a sua assinatura. Ao nível dos materiais, a aposta reside no "recurso à pouca cor, aos materiais nobres e naturais".

Leaving Massamá

"Eu não sei se o problema é o IC 19, se é sair de Massamá."
... em directo no estado do canal.

Modulo Auto-Suficiente # 5

Do Alqueva a Troía...

"Empresários com projectos previstos para o Litoral alentejano, do Alqueva a Tróia, que representam um aumento de 22 500 camas para a região, estão preocupados com a falta de mão-de-obra classificada."

Diário de Notícias, 21 Junho de 2006

É uma parte, a primeira parte, do parágrafo "em caixa" e que sucede ao título da notícia: "Falta mão-de-obra para trabalhar no turismo."

É o delírio! Será que ninguém relê, aquilo que (se) escreve? "Litoral alentejano" (NUTS III) do Alqueva a Tróia? Litoral, Uber Litoral! E esse número das 22 500 camas... isso é (será?, seria?) só para o Alqueva meus senhores... porque "tudo" somado, a coisa, upa, upa, vai crescendo, ao sabor dos PIN! E, por falar em delírios... eu não quero regressar às notícias do Expresso de 24 de Junho sobre as "Águas turvas em Alqueva", mas a crónica (de um abandono anunciado...) de Pedro Rolo Duarte intitulada "Adeus Odemira" (no litoral...) no (mesmo) DN do dia 21, deveria fazer-nos pensar... mas em delírio, com a febre... a (fazer) pensar? "Talvez"... sonhar!

A Arquitectura, O Imobiliário... e a Emoção!


















"O imobiliário não se compadece com a emoção."
Rui Alegre, Espaços & Casas, Expresso, 24 de Junho.

A arquitectura não se compadece com o imobiliário.
(A emoção não se compadece com a arquitectura...)

A Requalificação (e/ou Reabilitação) dos Centros Históricos (ou tão somente tradicionais...) em Nove Semanas e Meia!

1 - Substituir os pavimento em calçada à portuguesa por cubos ou paralelos em pedra... granito, "evidentemente"!
2 - Suprimir (do desenho) qualquer canteiro de flores com um desenho mais ou menos tradicional ("romântico"...) "fora-de-moda", excluídos, como estão, da (pouca) imaginação dos arquitectos, sob a tirania do "bom gosto" propalado pelas revistas internacionais da especialidade.
3 - Remendar o abate de árvores centenárias, com a plantação de raquíticas raízes (invertidas)... que nunca irão "vingar".
4 - Mandar os bancos tradicionais, onde as pessoas se sentavam, para o estaleiro (para o C******), de onde, eternos cativeiros - e se os Deuses dos Arquitectos (ambos com maiúscula) assim o entenderem - nunca mais irão sair... ("ofertar" em "troca", desconfortáveis paralelepípedos, em... granito, "evidentemente"!)
5 - Seguir à risca todas as directivas dos especialista em trânsito (os "engenheiros" do "tripanário"...), incluindo todas as rotundas "de que" os senhores, os ditos engenheiros especialistas, se "alembraram" de encaixar... no "papel"!
6 - "Pedonalizar" os arruamentos comerciais... (um clássico).
7 - Criar vastas praças (obras) "abertas" (segundo Barthez, esse grande guarda-redes da crítica francesa) a todas as utilizações, mesmo que para isso tenham que inviabilizar as poucas actividade que lá decorriam... antes... (ou depois...) e na tradição dos vastos espaços abertos (open spaces) das praças que os históricos tiranos encomendaram para dominar a populaça! (Com os cubos de granito, sabe-se das escaramuças do "Maio de 68", corre-se um grande risco...)
8 - Ignorar qualquer "reacção", até porque... reaccionária.
9 - Em casos mais graves, e quando o "barulho" é muito... "invectivar" os críticos como atrevidotes e ignorantes (pobres-de-espírito) provincianos.

É claro, que à "adjudicação" do projecto, convêm um autarca autista e prepotente, para não lhe(s) chamar arrogante(s) ou coisas piores... como "energúmeno", que pelos vistos (ficam possessos...) dá direito... a "processo"!

Avenida dos Aliados (antes e depois)

Excelente posta com muitos e bons comentários (não me refiro ao meu...) no A Cidade Surpreendete... ao tempo da conclusão das obras na Avenidada dos Aliados no Porto.
Via Blasfémias.

Preto (A coisa está Preta)















E vocês, caros leitores (mais ou menos des-conhecidos), jovens (ou quase) arquitectos (ou quase) de sucesso (ou quase), como foi a vossa manhã? Produtiva? Não sabem responder... não sabem... "quantificar"? É fácil, respondam ao seguinte... Quantas paredes já pintaram de preto hoje? É o prato (que prato) do dia. Esta, que pinta (tinta), "barra" (preta), é na "Aldeia do Futuro". E não passa de moda (o futuro), tal e qual a coisa, que está... Preta!

O Sábado

Funcionário público - de greve - em casa, ao serviço do Blog.

A Culpa

terça-feira, julho 04, 2006

The Smiths (discografia seleccionada)

Breves notas sobre a (minha) discografia dos The Smiths, a propósito da comemoração (da efemeridade) dos 20 anos do The Queen Is Dead.

The Smiths, 1984: A revelação. A palavra (do senhor). Obra-Prima ao primeiro assalto. Para ouvir de preferência na versão em vinil com 10 músicas e sem o This Charming Man, do CD, em número 6...
Hatful of Hollow, 1984: O híbrido. Versões... Essencial.
Meat Is Murder, 1985: A perfeição. Clássico, orgânico, o que quiserem...
The Queen Is Dead, 1986: O disco de que se fala... A transição... the smiths goes... POP!
"Strangeways, Here We Come", 1987: O esplendor. A síntese. Sempre quero ver o que é que eles vão escrever para o ano...
"Louder Than Bombs", 19 e troca o passo. Inéditos, Raridades... não é uma raridade, é (igualmente) essencial. Fundamental.

... ah! e os Smiths, não foram um grupo de albuns, mas um grupo de... 45 rotações!

Variações Sobre a Casa do Guarda em Nafarros


















Variações sobre o Projecto da Casa do Guarda em Nafarros de Manuel Graça Dias e Egas José Vieira de 1995 (o projecto), desenhadas (as variações) na sequência da publicação do projecto (e não da obra...) no número 157 da revista Arquitectos, da AAP (associação...) de Março de 1996.
O losango do original virou quadrado, e a estrutura da compartimentação espacial do interior, igualamente alinhada pela paredes exteriores "laterais", conforma-se...
A diagonal, as "frutíferas" diagonais do original, sobrevivem, como "excepção" (à regra), no mezanine de acesso aos quartos e I.S. do primeiro piso, que engorda para "acomodar" as I.S. e emagrece para "acomodar" aos degraus do lance das escadas. Recorda-me (a diagonal) do projecto das casas em série para artesãos de 1924 do Le Corbusier e do Pierre Jeanneret publicada no "Vers une Architecture". A volumetria, a cobertura, replica muito fielmente, o projecto original, mas "em forma" (cá está) muito simplificada, e fazendo coincidir a tangencia (da recta à curva) com o alinhamento das paredes dos quartos (recusando a "sobreposição" de temas, do projecto original). O tecto dos quartos remete e pede a revisitação do projecto da "Maison de Weekend" de 1935 do LC e PJ, e do famoso quarto da "Hill House" de 1902-03 do Mackintosh.
Em "espírito", é mais Kahn, que Venturi, pois é para aí que a mão me puxa, e portanto pré MGD+EJV, pré Manuel Vicente e pré Venturi... mais "velha" (paradoxo) que o original e até estou cá desconfiado, que a sacana mentiu na idade, e que é muito mais velha... 100 anos... em cada perna!
Poderia ser um módulo auto-suficiente, como agora se diz...
E vão dedicadas (as ditas variações) ao ZM.

A Arquitectura "em forma" (cont.)

(cont.)
Museus judaicos em forma de estrela, Pavilhão da Utopia multiusos (o pavilhão, não a utopia) comemorativo dos achamentos marítimos, em forma de casco de barcaça abandonada em-terra; e como é que era mesmo, aquele projecto para um edifício "soviético", em forma de estrela... foi-se a (à) memória... já escreveram outros sobre isto. Chamaram-lhe, em sub-título: "The Forgotten Symbolism of Architectural Form".
Ducks?
Patos!

Peter Crouch

LOL, Obvious...

Arquitectura e Vida 72

Para além da leitura da citada entrevista, referência muito positiva para a qualidade dos projectos de arquitectura selecionados e dos textos críticos que os acompanham. Os remoques do Pedro Machado Costa, ao "despotismo poético" do manto branco das Nossas Senhoras de Fátima da arquitectura portuguesa, passam, na procissão das postas... em branco, ou será que os despostismos (mais ou menos) poéticos, quando nascem, não são como os chapéus... para todos?
Destaque para a leitura (a não perder) do artigo "Será o nosso território ordenável?" de António Muñoz, que apetece citar na integra. Termina assim: "(...) Só depois se poderá falar em ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. Urgentemente. Enquanto há costa Além-Tejo, que os PIN já são o SIMPLEX do OT." Afixar em locais publicos. Fotocopiar e distribuir pelos eleitos e pelas chefias. SFF. Obrigado.

Greve (Revolucionárias na Menopausa)

... que não sabem, dizem-me, da "aderência" ou "furo" à greve de quinta-feira.
Para quê... suspiros... se como sempre, de nada adianta?
Menos ais, menos ais... revolucionárias na menopausa, que a argumentação é falaciosa! De outro modo, para quê votar, para quê... para quê o que quer que seja?

As Intermitências da Revolução

Que espaço existe hoje na arte para a figura do revolucionário?

Pouco Espaço. O cinema e a literatura têm grande dificuldade em se confrontar com o tipo humano do revolucionário de profissão. Vêem nele sobretudo o esquematismo e a fé, não o resultado de um percurso humano, preferem interpreta-lo como o símbolo de uma limitação e de uma auto mutilação infantil. É a atitude de vingança que um certo tipo de intelectual sempre assumiu contra o homem de acção saído das classes populares. É a inclinação para a nuance, que declara a sua aversão à cor (com nos célebres versos de Verlaine) e recusa confrontar-se com o elemento trágico e já não romântico, próprio da experiência revolucionária quando é vivida de um modo não episódico. Diria que "Bom Dia, Noite" reflecte perfeitamente esta tendência. A dimensão inquieta da síntese, feita de esperanças e de desencantos, de
dúvidas acalentadas e de decisões forçadas que o militante revolucionário tem de produzir à sua custa para ajustar o efeito da sua acção escapou totalmente a Bellocchio.

... de uma entrevista publicada no Expresso de 2 de Outubro de 2004, a alguém, cujo nome, estupidamente, não registei.

segunda-feira, julho 03, 2006

Lucas e Mateus (Posta Escatológica)

"O machado já esta posto à raiz das àrvores"

A Verdadeira História de Jesus (The Historical Figure of Jesus...) de E. P. Sanders, da Casa das Letras

Inês Lobo # 2

(...) Fui visitar a Bouça, no Porto, do Arquitecto Siza Vieira, acabada de inaugurar, toda refeita; não cumpre a legislação em nada. Felizmente.

AV - Já não cumpria?
IL - Continuaram a não cumprir; felizmente que ao Siza o deixaram fazer assim.

Inês Lobo # 1

AV - Gosta dos PDM como instrumentos de intervenção?
IL - Odeio.

Inês Lobo em entrevista na Arquitectura e Vida 72... Eu sei que é um "excerto", e que a resposta têm um contexto, mas... Sei Lá... é assim um pouquinho para o pouco(chino)... fiquei a pensar no Nuno Portas, a responder, ainda que sucintamente, à mesma pergunta... se não queres ser lobo não lhe vistas a pele, será isso? Enfim, uma posta para deitar alguma água na fervura, à desproporcionada adoração, que anda no ar!

Aeroporto de Faro # 3 em 1 (Po-Mo Lives!)

















Aeroporto de Faro # 2 (E - Bow The Letter)

Aeroporto de Faro # 1 (Remember The Floors Of The Parking Lots)

Tanya

PT News (cont.)

domingo, julho 02, 2006

PT News














Extracto do PT News (que quer dizer "notícias", salvo erro...), Número 4 de 2006.
Autor não identificado. (Ver tb)
* Boleado, no original.

A Arquitectura... são as Férias!