sábado, dezembro 31, 2005

Journey of Life (BBC Learning)

Someday we'll live on venus
And men will walk on mars
But we will still be monkeys
Down deep inside

The Facts of Life, Naked, Talking Heads

Travel. Arrivel.
Years of a inch and a step
Toward a source.
I'm coming to you
I'll be there in time.

Pilgrimage, days of open hand, Suzanne Vega

Por aqui, pouco se têm falado em televisão...
Esta madrugada excelente o programa no BBC Learning, sobre a "viagem da vida" dos homens, dos hominidios ao homo sapiens... e rumo ao futuro. Afirmou-se que nos próximos 20, 50? anos, ainda no tempo de vida útil de muitos de nós, a diferença entre os humanos do futuro e os de hoje, será superior à que actualmente existe entre o homem actual e os nossos irmão macacos... Mas, será essa evolução(?) para todos, ou da mesma maneira que a evolução do homem não significou a extinção dos macacos, os novos homens irão coexistir com os seus (actuais e imperfeitos) antepassados. Iremos, graças a dispendiosas investigações em tecnologia, desenvolver uma elite (minoritária) de Super-Homens? E qual o papel reservado aos que permanecerem no actual estado de desenvolvimento? Será esta a luta de classes do futuro? Iremos substituir a exploração do homem pelo homem, pela exploração (escravidão ?) do homem, pelos... "Super-Homens"?
Ficção cientifica?
Optimismo!
Fiquei a saber, que nos "alvores da humanidade", a simples existência da nossa espécie, foi ameaçada por alterações climáticas provocadas por fenómenos naturais. Por pouco que não sobrava nenhum para continuar a contar a história. Sobreviveram, 1000 (mil) dizem os cientista, graças a estudos sobre o ADN. Mil. "Adões" e Evas! Porque se uniram, disseram... mas isto já se sabe que a BBC está cheia de elementos subversivos!
E foram os descendentes destes mil, que erectos, caminharam... que colonizaram, até ao domínio total da (sua) natureza, o planeta. Que construíram, como espelho da sua sociabilidade, as cidades.
E hoje, mais uma vez, viajamos... Travel. Arrival.

Desejos de um Bom Ano de 2006 para todos.

Ota, Portugal SA

"Portanto contra a lógica de um terreno favorável e a dois passos da capital - Montijo/Rio Frio - o irresponsável passo de instalar nos acidentados terrenos da Ota um dos dos grandes elefantes brancos do país. (...) Prejudica o complexo de Sines, o futuro pólo turístico de Troia, o mar de Alqueva e o próprio aeroporto do Porto. Que importa isso, perante um certo risco de colisão com aves? (...) E se o TGV vai de futuro fazer reduzir drasticamente algum do tráfico aéreo actual, que dizer de um segundo aeroporto, "low-cost", para Lisboa?"

Exmo Sr. José F. Barroca Monteiro, na Secção de Cartas do Jornal Expresso, 30 de Dezembro de 2005

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Clínica do Pão

"Ao chegar à clínica os pacientes aguardam a sua vez de serem servidos na manjedoura/mesa de operações onde lhes serão servidos os curativos, deliciosas sandes em bandejas assépticas. (...) o espaço estrutura-se em áreas funcionais como se de uma clínica se tratasse: sala de espera, mesa de operações, área de esterilização de produtos (área de confecção - cozinha) e zona destinada aos detritos e produtos contaminados, w.c (...)"

- vamos à clínica do pão?
- não.
- mas não porquê?
- não insistas, já disse que não.
- hum... (amuada)
- desculpa-me... (carinhoso), mas não consigo comer na manjedoura, tu de um lado e eu do outro, como se um de nós, (bate na madeira... porra, não há) estivesse preso... e não consigo optar por nenhuma cadeira, são todas diferentes... e aquela luz por cima da cabeça, ficas com umas sombras, umas olheiras... desculpa, mas pareces uma morta-viva... fico a pensar nisto, e depois já sabes, não consigo... consigo não, contigo, carago... e logo agora que estava tudo a correr tão bem entre nós. Não é nada de pessoal, claro, mas eu preferia ser autopsiado, as deliciosas sandes revoltas no estômago, a ter que comer naquela clínica...
- eu depois telefono

Rafael Moneo (Riberas de Loiola)










... para ver mais... aqui.

Mafiocracia

Regime Politico Português. Na GLQL.

Back (to the future)

... não tenho a pretensão, neste espaço ou em outro lugar qualquer, de produzir a afirmação definitiva sobre "as raízes do modernismo", mas intuitivamente, como numa crítica impressionista, diria que nas raízes do modernismo está um compromisso com a transformação (e correcção...) da sociedade que não encontra paralelo na arquitectura contemporânea "dominante"... nesta, pelo contrário, domina a potenciação do real... a desregração do espaço (físico mas também social, etc...), nas suas múltiplas escalas, da casa ao território, passando pela cidade, deixou de ser vista como um problema para passar a ser vista como parte da solução... que há que procurar... no futuro.
Eu creio que o diagnóstico está mais que feito (nos últimos 50 anos!!!), e que a sequela do Modernismo - Parte II (como nos filmes), não só não oferece respostas (o que ajuda a agravar os problemas), como, o que é hábito nas sequelas, nunca será tão bom como o "produto original".
Felizmente, existem "alternativas"... segue uma posta sobre o Arq. Rafael Moneo, se é que me faço entender.

O Futuro

Um comentário postado aqui:

Uma posta de arquitectura, pura e dura, como todos nós gostamos :) percebo o argumento da neo-vanguarda, mas não sei se percebo, em que medida, projectos como o de liuzhou, ou outros dos autores citados procedem à "colagem doutrinária às raízes do modernismo"... só mais uma coisa, espero que "reflectir sobre os pequenos problemas da comunidade" não seja coisa do passado.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Lavandaria (colectiva)













Olha aí pessoal, que bobagem, um exercito de washing machine, todas alinhadinhas, na parada...

Tacho (colectivo)

A despropósito de "Uma proposta progressista":

Abaixo o Tacho!
Abaixo o Trem de Cozinha!
Abaixo a panela familiar colectiva! (que pouca vergonha é essa a fazerem panelinha...)
Viva a frigideira uni-pessoal, pessoal!
Jamais a mulher liberal liberada, cozinhará na sua panela individual a janta pó marido!
Vai rapar no seu Tacho!
Vagabundo!

Bilu Tetéia

Quando eu era criança mamãe dizia:
Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia

Brincava de casinha com a filha da vizinha
Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia

O tempo foi passando, eu fui crescendo
Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia

E de fazer bilu, mamãe foi esquecendo
Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia

Agora que eu tou grande, um rapazinho
Se quiser um biluzinho, tenho que fazer sozinho!

Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia
Bilu, bilu, bilu, bilu tetéia (BIS)

Bilu Tetéia, Almir Rouche

"Old School" Teleportation Technology

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Bosch Architects

Fui espreitar, por amabilidade para com a sugestão de um comentador.
Gostei do Site, de simples navegação. Cada projecto é exposto com uma planta de implantação (que muitas vezes "justifica" o ponto de partida para a solução...), plantas e cortes (infelizmente e por vezes, pouco legíveis), fotos das maquetas e/ou das obras, e um pequeno texto descritivo que descrimina as condições da encomenda (concurso, "directa", etc...) e que entre outros aspectos, refere a ficha técnica da obra e o custo da construção.
Dos projectos gostei menos. Uns assim-assim, e outros (em particular do "Uni Luzern") ainda menos.
Arquitectura Holandesa...

Dime Store Mystery

He was lying banged and battered, skewered and bleeding talking crippled on the Cross Was his mind reeling and heaving hallucinating fleeing what a loss The things he hadn't touched or kissed his senses slowly stripped away Not like buddha not like vishnu life wouldn't rise through him again I find it easy to believe That he might question his beliefs The beginning of the Last Temptation Dime Store Mystery The duality of nature, Godly nature, human nature splits the soul Fully human, fully divine and divided the great immortal soul Split into pieces, whirling pieces, opposites attract From the front, the side, the back The mind itself attacks I know this feeling, I know it from before Descartes through Hegel Belief is never sure Dime Store Mystery, Last Temptation I was sitting drumming thinking thumping pondering the Mysteries of life Outside the city shrieking screaming whispering the Mysteries of Life There's a funeral tomorrow at St. Patrick's the bells will ring for you What must you have been thinking when you realized the time had come for you I wish I hadn't thrown away my time on so much Human and so much less Divine The end of the Last Temptation The end of a Dime Store Mystery

Dime Store Mystery, New York, Lou Reed

Construção

















Podia ser uma pintura, um daqueles labirintos ou bibliotecas da Vieira da Silva, ou quem sabe, uma escultura/instalação, como agora se diz, de um daqueles artistas vivos super-valorizados (há que alimentar o mercado...), ou mesmo um cenário de uma peça de teatro ou para "uma cena" num filme... mas não, é, quero dizer, não é, ainda, arquitectura. É "construção", uma palavra em estado de "nojo". "Isso é construção, não é arquitectura", costuma dizer-se. Pois!
É do FOG, e veio daqui.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Tom Zé











Mesmo com os artistas de quem gostamos muito, acontecem por vezes, estranhos desencontros. Depois de nada menos do que a excelência com o "Jogos de Armar" de 2000, depois do concerto "do mundo" no festival de Sines em convalescença, fiquei assim de molho... sem nenhuma razão para isso, e deixei para depois a actualização da sua/minha discografia. Reencontro-o por acaso no Almocreve das Petas... corro, quer dizer, guio, em excesso de velocidade, até ao fornecedor, para os braços do vicio... e sou recompensado com o último opus: "Estudando o Pagode".
Ouça um cheirinho... Aqui!

A Mascara do Rigor

Encontro o desenho da planta da casa de Colares de Frederico Valsassina, que conhecia das fotografias de Fernando Guerra, no N.º 34 da Revista Arquitectura e Construção. Agradava-me o rigor do módulo, "posteriormente" ocupado, por quartos, salas, ambíguas e generosas circulações... Leio na planta, com desgosto, que afinal, não foi (não é) assim. O "rigor" que não resistiu à complexidade do programa doméstico, o que em si mesmo não só não seria condenável ou preocupante, como pelo contrário poderia ser libertador para outras e mais complexas pesquisas, mascarou-se a rigor... de "rigor". Ou então é olhar para ver e pensar, no que faz aquele "plano" a meio da parede da cozinha voltada para a entrada principal!

Vomito

Se volto a abrir outra revista onde se fale da "agenda formal e conceptual"...

Sozinhas em Casa

O começo é demagógico, eu sei, mas no país das Otas e TGV'S, morrem, em Gaia, duas crianças, asfixiadas pelo fumo, sozinhas em casa, como no filme de natal de Hollywood. Estavam referenciadas... à espera. Viram as imagens na televisão? As urbanizações, as casas. Eu conheci casas como aquelas, piores... porque muitas nem casas eram... cheias de lixo, ao vistoriar, como arquitecto as condições de habitabilidade (nenhumas) dos espaços em que viviam muitos dos candidatos a uma nova casa, de "habitação social".
Mais tarde, e para os baixos do edifício de "realojamento", projectei (clandestino) com uma porcaria de umas paredes de Pladur e uma cor verde para borrar aquilo tudo, as instalações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
Pode ser que ajude.

Luta de Classes

Não troco o segundo em que o mordomo do casal de aristocratas arruinados arrebita e torce o nariz ao cheiro do casal (de peixeiros) novos-ricos no filme do Tim Burton, pelos demorados minutos de prosa sobre quem é o patrão e quem é o criado no filme "O Fatalista".

A Noiva Cadáver

Eu vi o mesmo filme que o crítico M. Cintra Ferreira do Expresso (5 estrelas). O crítico J. Leitão Ramos (1 estrela) não sei que filme é que viu... vou ficar atento, nas próximas semanas, para ler a sua crítica, é que já agora estou curioso!

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Marching Through The Wilderness

Uma das minhas músicas preferidas no Rei Momo do David Byrne, e começa assim:

Yeah, we are the noise
The noise between stations
Yeah it's a kinda strange
Oh boy! A strange situation

I walk like a building
I never get wet
(...)

Norman "Blogster" Foster

"Farshid & Alejandro:I don't care what your architecture looks like, or where you come from, or where you've taught, or what your publications are, or what competitions and awards you've won. Quite simply, until you pay someone a day's wage for a day's work, you are breaking the law of the land and I don't like you very much.This is not an architectural issue.It's a human rights issue.
I hope Santa doesn't bring you any presents.But how would he be able to anyway, with all those children stuck up the chimney?"
Aqui

domingo, dezembro 25, 2005

Wet Xmas

O Natal, informação de última hora, comemora o nascimento de Jesus. Corrijam-me se estiver enganado, mas é suposto ser um dia de alegria... e num dia de alegria, deixamos as tristezas à porta... Calculo que para um "crente" Cristão, o nascimento de Jesus Cristo não seja mais do que uma fatalidade no seu trágico destino "divino", capaz de "afundar" em melancolia o mais convicto dos celebrantes... Será por isto, que na Blogosfera se reproduz, com os votos de um Bom Natal, "The Lamentation over the Dead Christ" de Andrea Mantegna? (mais "apropriado" para a Páscoa...)

Este ano, mais uma vez, não houve direito a um White Christmas, o que aliás, seria religiosa e historicamente incorrecto, mas a um (Freudiano e super incorrecto) Wet Christmas... Um Natal molhado, húmido.
Isto quem anda a deixar os seus pensamentos pela Blogosfera, molha-se, mas pensa-se pouco, na pobre da arquitectura, que muitas vezes nem têm um telhado para se abrigar...
E no entanto, todos sabemos, das metamorfoses de que a arquitectura é capaz, quando húmida, molhada. Reparei hoje, pela primeira vez, na água que ao escorrer escurece, o betão na "travessa" que mantêm em paralela e vertical posição os pilares do maior vão da ponte Vasco da Gama... qual "pala" do Pavilhão de Portugal...
E nestes pensamentos me encontro, até parar para tirar o "ticket" na portagem do Pinhal Novo, e logo depois rever, ao olhar em movimento para a esquerda (que perigo!) as faixas de sedimentos acumuladas no muro de suporte em betão do (primeiro) viaduto... causadas pelo escorrimento superficial das águas... como num estúdio Rémy Zaugg de Herzog & De Meuron... nunca antes fotografado!

Recordo uma visita a uma obra para uma sala polivalente numa EB1, como agora se chamam... Passeio demoradamente pelo exterior, até ser surpreendido pela chuva. Entro por um vão (ainda) sem vidraça, para me proteger. Olho em frente para uma janela que desenhei, rente ao chão, com dois metros de altura por quatro de largura, que se encontra afastada 1,5 M de uma parede cinzenta, em reboco, ainda por pintar. Os pingos de chuva, batidos pelo ventos, caiem no pátio, despenhando-se a 45º contra a parede. Tenho a certeza... pelo menos desconfio, que (egoísta) alguém fez aquela "pintura" só para mim. Podia te-la fotografado, ou melhor, filmado, se isso de alguma coisa servisse. Depois fui-me embora.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Ecce Homo

Paulo Mendes da Rocha (Arq e Vida 66)

No n.º 66 da Revista "Arquitectura e vida", gosto de quase tudo:
- do artigo "no estirador" sobre o "boom imobiliário" na China
- do ensaio sobre "A Luz nas Artes Visuais"
- da análise sobre as "Frentes Ribeirinhas"
- do esclarecedor artigo sobre a "tecnologia digital" na arquitectura de Frank Ghery
- do Projecto de Arquitectura Paisagista para a mina de Inden, na Alemanha
- dos artigos sobre novas expressões ou novos materiais
- da memória do prémio Valmor de 1930 e da escolha para as 10 melhores propostas de Design em 2005
- da agenda e das críticas às exposições de artes plásticas
mas sobre a entrevista ao Arquitecto Paulo Mendes da Rocha, eu não gostei, eu adorei, eu não posso nem te dizer como gramei você, eu quero te parabenizar, meu caro...
Deixo uma citação, para abrir o apetite, mas é para ler na integra, o.k.!
"Hoje, vejo a arquitectura como um deleite para os arquitectos se divertirem. Os grandes arquitectos vivem numa institucionalização de prémios. Não faz sentido! Faz prédio, ganha prémio, parecem cavalos de raça: arquitectura, prémio, medalha!"

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Hardblog (Marrazes, Leiria)

Ao "investigar" o passado do hardblog, deparo em 24/11/05 com:
- a citação do terceiro parágrafo do primeiro capítulo "Nonstraightforward Architecture: A Gentle Manifesto", do Complexity and Contradiction in Architecture de Robert Venturi
seguidos de:
- "uma casa é uma casa é uma casa é uma casa # 6", anteprojecto de uma moradia para Marrazes, Leiria
O famoso parágrafo de RV merece ser citado, e o anteprojecto promete uma obra que vale a pena acompanhar, é a relação entre ambos que me "incomoda", não por ser "ilegítima" - não tenho tentações "controleiras" - mas porque na minha opinião, resulta de uma leitura "equivoca" do "Texto". O parágrafo, o livro - é da história - foi retalhado e servido às postas, alibi para todas as arquitecturas "pós-modernas" mais ou menos desconstruídas, de plantas "tortas" e volumetrias poliedricas... e no entanto, nunca a primeira frase de um livro (de arquitectura) terá sido tão explicita... "I like complexity and contradiction in architecture. I do not like (...) the precious intricacies of picturesqueness or expressionism." Posso gostar (ou não) de projectos pitorescos ou (neo-)expressionistas, e o projecto da moradia é "curioso", é apenas a relevância da relação estabelecida entre texto e projecto que está em causa nesta "posta".

Malandros

Quem é o malandro, quem foi o malandro? Quem escarnece do nosso menino, o nosso primeiro, o nosso professor... aquele cujas pérolas de sabedoria, poderiam - caso fosse escrito - preencher, as páginas de um livro (cor-de-laranja? não, cor-de-laranja, não! "ganda noia") impressas dos dois lados do papel, de forma equilibrada, em consonância com o seu pensamento social-democrata, ao "centro"...
Quem foi o malandro que teve esta ideia? Emoldurar o tom amarelo da sua cútis, numa esfera armilar estilizada, igualmente amarela..., qual halo de santo em pintura bizatina... (e logo na época natalícia...)
Quem é o malandro, quero dar-lhe os parabéns!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O Fatalista



















Vi, mas não sei dizer se gostei, daquilo que vi... quer dizer o filme é plasticamente "belo", a fotografia teve a ajuda (da luz) do sol no frio inverno alentejano, a(s) história(s) degusta(m)-se e os actores (desiguais) não estão mal... mas se é (alta) comédia, falhei o riso, se é "crítica" de costumes (de classes?), não escapa ao fascínio pelo "charme discreto da burguesia"...
...Saudades de "Gosford Park"

Hello Walls, Willie Nelson

Hello walls, (Hello, hello.)
How'd things go for you today?
Don't you miss her.
Since she up and walked away?
And I'll bet you dread to spend another lonely night with me,
But lonely walls, I'll keep you company.

Hello window, (Hello, hello.)
Well, I see that you're still here.
Aren't you lonely,
Since our darlin disappeared?
Well look here, is that a teardrop in the corner of your pane?
Now don't you try to tell me that's it's rain.

She went away and left us all alone the way she planned.
Guess we'll have to learn to get along without her if we can.

Hello ceiling, (Hello, hello.)
I'm gonna stare at you a while.
You know I can't sleep,
So won't you bear with me a while?
We gotta all stick together or else I'll lose my mind.
I gotta feelin' she'll be gone a long, long time.

(Hello, hello wall.)

Frank Ghery (The Simpsons)















Aqui, e agora também aqui.

Desconversa # 3

Candidato 1: ZZZZZZZZZZ
Candidato 2: ++++++++++

terça-feira, dezembro 20, 2005

Desconversa # 2

Spice Girls: I said who do you think you are (I said who) some kind of superstar?
The Go-betweens: I'm no genius, just a former genius, a shadow of a genius. That I am.

Desconversa # 1

Pink Floyd: What shall we use to fill the empty spaces
Pedro Abrunhosa: Talves .....

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Top Ten

Folheio a (nova) monografia da Taschen sobre o Otto Wagner. Leio ao acaso: "A igreja de S.Leopoldo, em Steinhof, está entre as dez igrejas mais importantes do século 20." Os "Tops" valem o que valem, e são mais ou menos credíveis, conforme a credibilidade que estamos dispostos a atribuir aos seus autores. Fazer um "Top", ou para o mesmo efeito, "criticar" um "Top", implica fazer outro(s) "Top(s)", numa espiral sem fim (e - por uma vez - sem interesse...)
Vem isto a despropósito dos Top(s), "Óscar(es)" e outro prémios, com que "amiúde" somos confrontados na Blogosfera...
Por favor, esta coisa têm o quê, pouco mais de dois anos? Old School Blog? Diz-me que Blog lês, dirte-ei quem és?
A igreja está entre as dez mais importantes?
As vezes é importante por as coisas em perspectiva!

domingo, dezembro 18, 2005

Plecnik

Fim (save for later)

"... e apetecia-me para terminar imaginar tudo trocado..."
José Manuel Fernandes, JA Antologia 1981-2004, pág. 138

sábado, dezembro 17, 2005

Broken Flowers













Excelente filme, (alta) comédia, com magnificas interpretações. E um prazer extra para arquitectos, porque a cada personagem feminina, corresponde uma casa. E ainda temos os cenários (verdadeiros?) e as paisagens, filmadas do automóvel e a banda sonora...

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Luto

Perdi o N.º 6 da velhinha revista "Arquitectura Portuguesa", de 1986. Desceu da prateleira, embrulhou-se com o semanário (a devassa) e acabou no Ecoponto. Mal dei pela sua falta, telefonei para todo o lado, falei com Doutoras e Engenheiras, em autarquias e empresas intermunicipais, responsáveis pela "recolha". Demasiado tarde. Trucidada. Por minha culpa. Morreu no campo de batalha, ao serviço deste blog, do qual é a primeira mártir.
Para os eventuais leitores desta prosa (e concerteza para os mais jovens), o (este) elogio fúnebre a uma revista de arquitectura, deve soar, cómico, patético, motivo para o maior sarcasmo e desprezo. Deve de ser muito difícil compreender o impacto que uma simples revista pode ter causado a um jovem estudante de 16 anos pretendente a arquitecto, antes dos computadores, da net, dos blogs... e quando os livros se resumiam a meia dúzia, na biblioteca da António Arroio, ou quando folhear as revistas e livros "modernos" com fotos a cor e tudo nas prateleiras da livraria Barata obrigavam a um passeio de 2 KM a pé, e (algumas vezes) a perder o comboio suburbano de regresso a casa, como num "Filme neo-realista".
Regressando à revista... Terá sido a primeira vez que vi uma obra do Siza Vieira (banco em Vila de Conde), um projecto (ainda académico) do Egas José Vieira que me apressei a tentar copiar, mas principalmente que "li" criticas do Manuel Graça Dias, a mais notável e elogiosa das quais a um trabalho do Arq. Duarte Cabral de Mello (mais tarde meu professor na FAUTL...) para o Funchal.
É quase melodramático, dizer que me faz falta. Pois seja. No fundo é(ra) parte (significante) da minha formação.
E agora, procuro outra, como num filme de Hitchcock, "A revista que viveu duas vezes"!

Dedicado à memória de R.F.

ArchWorks

No ArchWorks publica-se um Projecto de João Afonso Modas "+" David Estevas Pessoas (que saudades que eu tenho do "e"...) para um edifício de Habitação e Comercio em "pleno centro urbano de Mafra". Os autores discorrem sobre a "forte relação topológica" com o Convento, mas não é fornecido qualquer elemento gráfico, que permita entender a relação com o seu contexto "urbano". Sobre a organização interna dos fogos "simplex" ou "duplex", também pouco se fica a saber, para além da menção à sua área "generosa" e da referência a "espaços pouco compartimentados/open space habitacional em que o equipamento (mas qual?) é o elemento disciplinador do espaço". Numa solução arquitectónica que recorre a amplas superfícies envidraçadas... não é fornecida, orientação, ou seja o "Norte". São apenas alguns reparos, que se pretendem construtivos, a uma iniciativa muito meritória.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

( )

Sanitas

DADA

"DADA permaneçe dentro do quadro europeu das fraquezas, continua a ser merda, mas doravante queremos cagar em cores variadas para ornar o jardim zoológico da arte com todas as bandeiras dos consulados."

Sete Manifestos DADA, Manifesto do Senhor Antipyrina, Tristan Tzara

Dois Irmãos com uma Obsessão

Sobre a Exposição "Aires Mateus", concordo com a posição do Lourenço. É uma exposição "muda" que "parasita" a sua própria arquitectura, à qual nada acresenta e da qual nada partilha. Eu prefiro exposições que "destapem" as hesitações, os erros e as emendas, a paciente pesquisa de cada projecto, que "acrescentem um ponto ao conto" do já conhecido. Quando quiser ver a perfeição "congelada", vou ao museu da cera... ver o "mourinho"! "Esta exposição serve(-se da arquitectura) para impressionar". É pura propaganda!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Capela no Alentejo

Pedro Duarte Bento, actualiza o seu "portfolio online". Entre os trabalho "publicados" está uma "capela no Alentejo" que se pretende "telúrica e menos agressiva" porque "enterrada". Recordou-me em primeiro lugar as igrejas etíopes igualmente "enterradas", "recuperadas" pelo atelier Aires Mateus como inspiração para o projecto da casa de Alenquer, depois a Igreja da Luz em Osaka de Tadao Ando, com a "cruz em negativo" recortada na "empena" ou ainda a elementaridade geométrica da capela de Mies Van der Rohe no I.I.T. em Chicago.
Depois, já com mais calma, numa referência menos óbvia mas que apetecia prolongar... a "Fonte do Claustro da Manga" em Coimbra, atribuída por George Kubler a João de Ruão.
Talvez por via desta capacidade de "evocar" outras arquitecturas, a proposta contenha alguma densidade, que a possa resgatar do esquecimento provocado pela aceleração das modas.
Agora "telúrica" e "pacifica" é que já não sei... "telúricas", no Alentejo, serão as afirmativas e "graves" volumetrias "cravadas" na paisagem, sejam elas de construções sacras ou profanas, de igrejas ou de "montes"...
Todos teremos as nossa memórias... "assalta-me" a da igreja do Castelo de Arraiolos. Depois, ainda, algumas outras igrejas... e espaços públicos contíguos, conforme analisados no "Inquérito". E isto, é o que mais me frusta na proposta para a "capela no Alentejo", um certo "ensismamento" que se permite "ignorar" o(s) contexto(s), e em primeiro lugar o contexto urbano da sua localização prosaica, pelo menos enquanto elemento referencial no sumário descritivo do projecto, e a "modéstia" da opção "negativa" pela "não agressividade", de um edifício "colectivo".
Se criticar é, também, explorar alternativas, "desenho", mentalmente, "modernos escadórios barrocos" para vencer o acesso a uma outra capela alcandorada...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Desenho Universal

O "Jornal" Arquitectos N.º 115 de Dez. de 2005, dedica as suas paginas centrais ao tema da "Acessibilidade e Desenho Universal". Sobre esta matéria, Pedro Homem de Gouveia, assina um artigo "desculpabilizante" da classe ao "diluir" "responsabilidades", pelos "vários profissionais que participam em todas as fases do processo construtivo". E tamanha é a "desresponsabilização", que o único culpado, pasme-se, é a própria Lei 123/97, "bem intencionada" mas de "implementação inconveniente" e sem "mecanismos eficazes de aplicação e fiscalização". Para o futuro, propõe-se, que no âmbito do "desenvolvimento de novas propostas legislativas", "as exigências devem ser definidas em benefício da Acessibilidade e não em prejuízo da arquitectura",
Não penso que exista qualquer incompatibilidade entre as "exigências" da Lei (esta ou qualquer outra) e a "Arquitectura" (e receio que este discurso, ainda que bem intencionado, termine com a redução dos direitos - de acessibilidade - adquiridos, em nome da muito pragmática "exequibilidade técnica"). É apenas uma outra face do discurso "desculpabilizante": o "Pré-juízo".
O "problema", na melhor tradição do "Tipicamente Português", não está na Lei, mas na sua (não) aplicação. É que o prazo de sete anos definido no ponto 1 do Artigo 4.º, relativo ao Período de transição para adaptação às exigências do regulamento, dos "equipamentos de utilização pública e via pública" conforme definido no Artigo 2.º (âmbito de aplicação), já lá vai...
...e ainda que o lancil continue por desnivelar, ou o acesso "universal" à sala de leitura da biblioteca não esteja consagrado...
Vai mais uma "fonte cibernética" na Rotunda?

TGV

"Ainda assim, as duas linhas que deverão custar cerca de 7200 milhões de euros, de acordo com as estimativas actuais. São cerca de 14 milhões de euros por quilómetro e um montante global que representa sensivelmente o dobro do previsto para o novo aeroporto da Ota."
Paulo Ferreira, Público, 13 de Dez 2005
(No telejornal da RTP 1, fala-se em 7700 milhões de euros... + comboios..., mas isto também mais 500 milhões menos 500 milhões...)
É o assunto do dia, a apresentação pelo governo do Projecto para o comboio de alta velocidade... Bem "projecto", "projecto" não é. Quero dizer, não se pode chamar projecto, a uma coisa, que tanto pode passar por aqui como por acolá, e que não se sabe se irá ter uma (ou duas) travessia(s) sobre o rio Tejo, em modalidade exclusivamente ferroviária ou mista... (mas que já têm custo estimado...) Portanto, e para além da operação de propaganda e dos números convenientemente e "sonoramente" redondos de 100 mil novos postos de trabalhos, o que sobra?
É que nem o tempo da ligação entre Lisboa e o Porto, podemos saber com segurança (o intervalo é de 15 minutos em função das alternativas de "entrada na Capital"...)
E caso não "vingue" a ligação por comboio tipo TGV, entre Lisboa e a Ota, existirá outra (nova) ligação ferroviária entre estes "destinos". E qual é a articulação "técnica" entre os dois "projectos"/desígnios?
Tudo isto deve ser mais ou menos como afirmar que o projecto para uma casa vai ter dois pisos, caso não venha a ter três, situação em que vamos precisar, de pelo menos mais 15 degraus...
E não se pode despedi-los?

Charles Jencks

CJ: No, I think there were always star architects. Vitruvius, if you read the second book (Ten Books on Architecture), tells that amazing story of the architect—how to get the job. He opens the second book with the story of how Dinocrates gets to be the architect of Alexander the Great. Dinocrates dresses himself in leopard skins and oils his body, and he comes to the games and sits right next to Alexander. Alexander says ‘Gosh, here is a good-looking man. What do you do?’ And Dinocrates says, ‘I’m an architect!’ [laughs] To get attention from society and the ruler, oiling your body, imagine—I mean how humiliating that must be! You don’t have to do that today—almost, but not quite. [laughs]

Entrevista a não perder, Aqui.

Ser Normal É Ser Corrupto

Na GLQL

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Smart

Não é de agora, a relação entre os automóveis e a arquitectura, e todos conhecem as fotografias das obras de Le Corbusier, com o automóvel em primeiro e "grande" plano. Ao contrário de muitas outras campanhas publicitárias para veículos automóveis, que privilegiam as paisagens naturais e/ou fantásticas, a campanha do "Smart Forfour", ilustra cenários urbanos, em que a arquitectura parece desempenhar um secundário, mas fundamental, papel.
A arquitectura é "neo-moderna".

Cotas

Não conheço nenhum "blog de arquitectura" feito por mulheres. Será por falta de cotas?

Vencedor Antecipado

"Duas pessoas sérias com a mesma informação têm de concordar"

domingo, dezembro 11, 2005

Visita de Estudo

"Isto é uma coisa sem sentido, brechas no cimento do jardim"
Visita de estudo, Comum, 3 Tristes Tigres

Bolsa de Viagem (Prémio Fernado Távora)

"The nearest we came to official financial suport was a reduction in the hourly price on the use of Mr. Howard Hughe's helicopter"
Quem?

Romanização

Para quem se interessar por estes assuntos...

Saídas profissionais

Saídas profissionais • Arquitecto • Técnico Superior da Administração Pública
• Docente do Ensino Universitário/Superior(*)
• Quadro Superior da Administração Pública • Investigador
• Professor do Ensino Básico (2.º e 3.º Ciclos)
Aqui

Memória















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Name:
jmendesribeiro.jpg
Details:
400 x 306 pixels - 24.4kB - JPEG
This image may be subject to copyright.

Sobre a "atribuição" do "betão à vista" ao Arq. Souto de Moura, (ver posta anterior), recordei uma carta "irónica" do Arq. Alexandre Alves Costa publicada no J.A. 212, Setembro e Outubro de 2003, em que procura "repor" a autoria do Colégio das Artes em Coimbra ao Diogo de Castilho. Recomendo a (re-)leitura.

Não deixa de ser uma "suprema" ironia, que ao procurar uma imagem para "ilustrar" a "posta" recupere, através da pesquisa de imagens no Yahoo, a fotografia que no J.A. acompanha a carta referida, com o nome de "jmendesribeiro. jpg" e a menção expressa aos direitos de "copyright" a que está "sujeita".
E os direitos do Diogo de Castilho? Passaram para o "domínio público"?

Open Minded

"Em termos de operacionalidade, os grandes trabalhos que se aproximam ( ota + tgv ) , precisarão deste confronto entre a casa tóló ( o reginalismo crítico fashion / betão à vista do souto de moura ) e as versões "open - minded", digo eu, dos ateliers - metaflux (baseados no choque tecnológico - mvrdv - toyo ito, entre outros)"
Pedro MAS, aqui.

Desde quando é que o betão à vista "é" do Souto de Moura?
Se o Primeiro Ministro ouve falar dos ateliers de arquitectura "baseados no choque técnológico", não faltará muito para a primeira obra do mvrdv ou do Toyo Ito, em território nacional.

sábado, dezembro 10, 2005

Poder Local

Diálogo entre o Presidente da C.M.Sines e o Ministro

- Nos depois havemos de falar
- Eu para a semana não estou cá, estou na Asia
(...)
Sic Notícias

Reclamo

Reclamo o direito de viver plenamente a contradição do meu próprio tempo, que pode fazer dum sarcasmo a condição da verdade.

Roland Barthes, Mitologias

Luís Cunha

Defendo, com unhas e dentes, a qualidade arquitectónica da Proposta do Arquitecto Luís Cunha para o Santuário Nacional de Cristo-Rei (1983).
Ver imagens no catalágo da exposição "Tendências da Arquitectura Portuguesa", 1986

Prédio Coutinho (Alturas)

Não existe nenhuma relação entre o Prédio Coutinho em Viana do Castelo e a escultura do "Cristo-Rei" em Almada.
O primeiro é um prédio "legal" (e com projecto de arquitecto...) de habitação corrente (nem feio, nem bonito), de aspecto sólido e provavelmente bem construído, onde os moradores/proprietários gostam de viver, e que antes da actual vaga de políticos "urbanisticamente correctos", nunca tinha incomodado ninguém... há notícias na imprensa local, de um velhinha que se sentiu mal quando ia a passar na rua...
O segundo é uma (má) escultura, feia, oca e desabitada, de onerosa manutenção (o que obrigou a afixar publicidade na "sua camisola", como a um vulgar jogador de futebol...) que afecta a qualidade (única) do estuário do Tejo, e que ninguém deseja demolir...

Hestnes Ferreira

Sala de Exposições do ISCTE II
17 de Janeiro, 17 de Abril
Finalmente uma exposição de Arquitectura

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Van Doesburg

Agenda

Acabar com o Estado Laico, e estabelecer um Estado Teocrático
Mudar a Capital para Fátima, que como assim já está consagrada...
(a distância à Ota é pouco superior...)
Trocar o Castelo de Ourém pelo Castelo da Capital da Sodoma e Gomorra do anterior Estado Laico... ai a minha memória, como é que se chamava mesmo...
Calendarizar para 2050 a conclusão das obras dos Novos Programa Polis para reabilitar os subúrbios degradados, a saber Leiria e Tomar
Transferir os Polos Universitários de Monsanto (belo nome...) para a Serra de Aires e Candeeiros, em face do actual processo de expansiva urbanização do antigo Parque Natural
Construir esporões para evitar que o acentuado recuo da linha da costa, afecte as populações da "Nova Caparica" construída nas primeiras décadas do século entre Pedrógão e a Leirosa
Comparticipar na recuperação da economia do antigo estado espanhol, finalmente integrado na Ibéria com Capital em Fátima, com o objectivo de evitar o acampamento ao longo dos afluentes da Barragem do Castelo de Bode das hordas cuspideiras que procuram emprego no ambicioso Programa de Obras (públicas) levado a cabo na capital por iniciativa do estado/igreja.
Lançar um concurso de ideias (santas) para o elefante branco das Barajas.

Jesus Cristo

Reverso

"Ordem" - para que te quero?

Existenzminimum

quinta-feira, dezembro 08, 2005

John Lennon

"Hold on John, John hold on
it's going be alright
you gonna win the fight"

Hold on John, John Lennon/Plastic ono Band

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Existência Mínima 2













Existência Mínima 1













Favela Chic

MVRDV aqui, por sugestão de psbf "postada" aqui.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Minimalista

"First of all, i am a real minimalist, because i don't do very much. I know some minimalists, who call themselves minimalist, but they do loads of minimalism. That is cheating. I really don't do very much"

Robert Wyatt

Muro

O Projecto da Morte

Dachau, Disney, Disco; american supreme, Suicide, 2002

"I'm (...) against the holocaust industry (...) against kitchifying the holocaust. (...) I think it was something that defies representation; i think you cannot represent it. (...) I was trying to do something that had no center, had no edge, had no meaning, that was dumb: D-U-M-B."

Peter Eisenman, sobre o "Memorial ao Holocausto" em Berlin

Eu, pelo contrário, penso que só vale a pena "representar", qualquer coisa que "desafie a representação"... "o absoluto"... em todas as suas variantes... (imaginem como seria aborrecido alguém dizer lá pelo século primeiro que o "martírio" era "irrepresentável", ou na pátria Lusa, o Soares dos Reis a cruzar os braços em frente ao bloco de mármore, por dele não poder extrair "a melancolia" do desterrado...). Às "manifestações" que o conseguem, aos triunfos, chamamos "obras-de-arte" e aos seus criadores, coisas excessivas, como génio e outras que tal. Não é (não foi) o caso. Quanto, ao Eisenman, nada Dumb, escapa com a inteligência das suas ideias e palavras às armadilhas do "projecto".

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Projectos Assassinos

13 e 14 de Dezembro
Greve Nacional
na Administração Local

- Exigimos negociações sérias
- Não à redução do poder de compra
- Não aos projectos assassinos

Projectos Assassinos!?

domingo, dezembro 04, 2005

Igreja do Lousal (pormenor)

















Igreja do Lousal (depois)

Igreja do Lousal (durante)













"...desenhar um novo tecto, para uma igreja existente..."
Já viram bem a minha sorte! Jogar o jogo das formas existentes e das formas propostas... jogar o "mesmo" jogo. Ter em consideração as proporções do espaço; a dimensão, a forma e a luminosidade dos vãos. Caracterizar os (sub) espaços de um salão "incaracterístico": "significar" a entrada na casa de Deus, "valorizar" o altar. Escavar um nicho para "acomodar" a rosácea da fachada principal, e ignorar a "semelhança" formal com um pormenor da casa "tucker" (do Venturi, pois claro...). "Suspender" uns "planos" em "folha-de-ouro" (querias) para "iluminar" a "capela-mor". "Riscar" o novo tecto com "alhetas" no alinhamento dos pilares (pilastras?) existentes. Tentar uns lambris em azulejo.
Reencontrar as igrejas de Notre-Dame du Raincy de Auguste Perret, e de St. Antonius em Basel de Karl Moser.

Igreja do Lousal (antes)











Decon

"Well, I think architecture is a form of politics. I believe that architecture does make political statements."
(...)
"I believe that art and life are two different discourses, and how I want to live is different from how I want to practice architecture."

Peter Eisenman

Se a arte e a vida são dois discursos diferentes e a practica da arte da arquitectura é uma forma de política, isso significa que a vida não é uma forma de política!? Faz como eu digo, não faças como eu faço?

T-Shirt
















Aqui, via The Urbs

Cova da Moura

Assunto para acompanhar...

Resultado provisório

Portela + 1 (Alverca)
Alverca 2+1

Expressamente

"O maior pinheiro de Natal natural do país vai iluminar Alverca a 8 de Dezembro pelas 17h. A "Árvore da Esperança", que tem 26 metros e veio da Escandinávia, foi plantada em frente à Igreja dos Pastorinhos, que conta também com o maior carrilhão da Europa."

Expresso, 3 de Dezembro de 2005, última página, canto superior direito

Duas perguntas:
- quem é que pagou (ou vai pagar) a "operação"?
- se vocês fossem um pinheiro escandinavo, gostavam que vos fizessem o mesmo, gostavam de ser enviados para alverca, iluminados ao oitavo dia e baptizados de "árvore da esperança"?

sábado, dezembro 03, 2005

Achas? (para a fogueira)

"Coisas que fascinam"

"Feio, mas curioso", escreveu o "anónimo" na caixa de comentários à posta "Siza quê?". Interessa-me menos o "feio" (o que é "feio", o que é "bonito"...) do que o "curioso". (Para os homens do renascimento, "feio" "era" o gótico, etc...) De facto, quando "admitimos" que qualquer edifício, desperta a nossa curiosidade, o que é que estamos a admitir? No caso desta (daquela) fotografia o que é que nos fascina: a acumulação de formas, cores e materiais; a mistura de "linguagens" supostamente menos qualificadas com outras que não se sabe bem se serão "cultas"? A "ambiguidade"?

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Fraggle Rock B

Fraggle Rock A

Radio Head

Sobre as emissões de Rádio na Net, absurdas as "preocupações" das "entidades competentes". A divulgação conduz à aquisição. A coluna dos débitos, no extracto do meu cartão de crédito, que fale por mim.

The Mole People















From The Straight Dope:
The Mole People: Life in the Tunnels Beneath New York City details Toth's early-90s encounters with several dozen of what she estimated at the time to be 5,000 homeless people living beneath the streets of New York, mostly in subway and railroad tunnels. Particularly large populations inhabit (or inhabited, anyway) the multilevel labyrinths beneath Grand Central and Penn stations. In a few cases, sizable communities have coalesced, some allegedly numbering 200 people or more, complete with "mayors," elaborate social structures, even electricity. Toth describes one enclave deep under Grand Central with showers using hot water from a leaky steam pipe, cooking and laundry facilities, and an exercise room. The community has a teacher, a nurse, and scampering children. "Runners" return frequently to the surface to scavenge food and such, but others--the real "mole people" — routinely go for a week or more without seeing the light of day.
Aqui

árvore genealógica

- se a demografia é a tia-avó da arquitectura, o que será a economia?
- a madrasta?

(N)O Futuro

Ainda a pouco tempo, um candidato a umas eleições locais, prometia "O futuro somos nós". Agora, para umas eleições à presidência da republica, outro candidato, promete, também, como desde à muito tempo o andam a fazer, "Um Portugal com futuro". Do outro lado do rio (informação inútil) em mais um Out-door, um banco ou seguradora, ou lá o que é, anuncia, discretamente, "O futuro é simples". Mas bem, o futuro vai "ter" tudo (o que nós quisermos), como no poema "Medo" do Alexandre O' Neill, menos a simplicidade, que morreu (enterre-se e paz à sua alma...) no século, que se não fosse, ficava, passado.
Eu tenho uma mensagem para vocês:
No Future, No Future...

Tia-avó

Nem pensei muito no assunto, mas a demografia será qualquer coisa como a tia-avó da arquitectura... Num livro, cuja escrita abomino, e que por esse motivo, e contra qualquer ética da citação, irá permaner anónimo, encontro um paragrafo aproveitável:
"Todavia Viseu é um aglomerado urbano de limitada força demográfica. O numeramento de 1527 estabelece para Viseu uma população de 2340 moradores. Destes vivem dentro de muros 354, 105 nos arrebaldes e os restantes nos cento e cinquenta e nove lugares de seu termo."

J.C.

"I am not Jesus thought i have the same initials
I am the man who stays home and does the dishes."

Dishes, This is Hardcore, PULP

J.C.
Para quando o Blog?

A Puta da Arquitectura (M18)

A frase "Let's just say that an architect is more likely to hire a prostitute than vice versa", em destaque no complexidade e contradição, deixou-me a pensar nas diferenças do "met(i)er"...

Berlengas (Watch out, Dubai)

"Ora se Portugal tem um problema de dimensão territorial alguém já pensou no mar? sim no mar! Hong-Kong, Macau, sei lá haverá mais certamente. Um gajo depois até podia ir de helicóptero ou lancha rápida tipo dealers da droga. Já agora construía-se logo uma marina também e por sua vez um Resort lacustre. É que assim era só escolher: em frente à Costa da Caparica, defronte de Cascais, uma extensão do Bugio... Enfim em qualquer sítio das nossas águas! Seria, finalmente o pleno: a nossa vocação histórica para o mar aliada a contemporaneidade do transporte aéreo. O nome: (Aero)Porto Atlântico - era o máximo!"

PCS

quinta-feira, dezembro 01, 2005

IAP













Para quem manifestou "reservas" sobre o (Processo de) Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal (em curso)...

"prudence never pays"

Feliz na propriedade do Marquee Moon dos Television, hesito, por demasiado tempo, na aquisição do Adventure. Ouço, por inteiro, a última faixa The Dream's Dream, numa emissão de rádio do David Byrne na Net. Renovo o interesse. Avanço, ainda cauteloso, pelo Nice Price. E ele aí está, em toda a sua glória, intemporal, como só os clássicos, o difícil segundo álbum, tão bom, ou ainda melhor que o primeiro. Não é para todos...

Richard Thompson


















There has been bizarrely little recognition of the possibility, but after the resounding classics Mock Tudor and The Old Kit Bag, Front Parlour Ballads suggests that Thompson may well be in the prime of his long and extraordinary career. --Andrew Mueller

O Dia da Independência












"I'm all lost in the supermarket
I can no longer shop happily"

Lost in the Supermarket
London Calling, The Clash

Gursky